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Pelo menos dez bombas da II Guerra Mundial escondidas em segredo sob Pompeia

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Pelo menos dez bombas da II Guerra Mundial estarão sob as fundações de Pompeia, a antiga cidade romana a sul de Nápoles, em Itália, representando um “perigo devastador” para a região, escreve o jornal Il Fatto Quotidiano.

O diário italiano noticia que em agosto de 1943, durante a II Guerra Mundial, as forças aliadas largaram 165 bombas em Pompeia, a antiga cidade romana que ficou em cinzas depois da erupção do Vesúvio em 79 d.C.

Destas 165 bombas, escreve o Il Fatto Quotidiano citando documentos exclusivos do Arquivo Fotográfico Aéreo Nacional, 96 foram localizadas e desativadas, mas restam ainda bombas por detonar. “As outras bombas acabaram numa zona onde ainda não foram feitas escavações. Muitas das bombas foram desativadas ou já tinham explodido. Mas pelo menos 10 desses explosivos ainda estão [em Pompeia]”, pode ler-se.

A existência destas bombas subterrâneas em Pompeia era “um segredo inviolável até então”, afirmou o arqueólogo e professor da Universidade Suor Orsola Benincasa, em Nápoles, Antonio De Simone, que conhece bem as escavações levadas a cabo na área.

“Na minha experiência em Pompeia, encontrei bombas que não estavam indicadas no mapa, sob os nossos pés. Duas. Uma já tinha explodido, estava reduzida a fragmentos. A outra, infelizmente ainda não tinha explodido, estava completamente intacta“, descreveu Antonio De Simone em declarações ao jornal.

“É um risco”, acrescenta Antonio De Simone, dando conta que os especialistas conhecem o problema, mas sabem que este não é fácil de resolver”. As bombas não detonadas, contou o especialista , “estão em áreas do parque arqueológico ainda por escavar”, ao longo de 22 hectares. Tal como recorda o jornal espanhol ABC, o parque tem cerca de 66 hectares, 44 dos quais já foram escavados.

A direção do Parque Arqueológico já reagiu à notícia do Il Fatto, apontando que não há qualquer perigo para os turistas ou para as pessoas que trabalham na região. “Não há nenhum risco para profissionais que trabalham nas escavações ou para os turistas (…) O sítio tem elaborado regularmente um projeto de recuperação, que é levado a cabo por militares. A recuperação da área foi feita metro a metro”, explicou.

A antiga cidade romana foi sepultada sob uma camada espessa de cinzas vulcânicas, juntamente com a maioria dos seus habitantes que não conseguiram escapar de uma das maiores e mais mortíferas erupções vulcânicas da Europa. A erupção do Vesúvio em 79 d.C matou, segundo estimativas dos cientistas, mais 2000 pessoas.

Uma inscrição encontrada em outubro de 2018 sugeriu que Pompeia foi destruída depois do dia 17 de outubro de 79 d.C, apesar de a data tradicional apontar o dia 24 de agosto do mesmo ano. A cidade romana foi redescoberta no século XVI. As escavações começaram 200 anos depois da tragédia e continuam a decorrer nos dias de hoje.

Reconhecida como Património Mundial da UNESCO, Pompeia é uma das atrações turísticas mais procuradas em Itália, recebendo anualmente cerca de 2 500 000 visitantes.

ZAP //

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3 Comments

  1. Bombas com 80 anos já estão fora de prazo, segundo afirmação do nosso Ministro da Defesa, em relação as armas de Tancos.
    Pode ser que o Papa no Vaticano possa fazer um milagre???

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