Vaticano vai abrir dois túmulos para desvendar mistério de Emanuela Orlandi

luciogalluzzi / Flickr

Emanuela Orlandi desapareceu em 1983

O Vaticano anunciou, esta terça-feira, que dois túmulos vão ser abertos, como resposta ao pedido da família da adolescente italiana desaparecida em 1983.

Emanuela Orlandi, de 15 anos, filha de uma funcionária do Vaticano, nunca voltou a casa depois de uma aula de música em Roma e o caso é um dos mistérios mais longos de Itália.

O porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti, confirmou esta terça-feira que os familiares e os advogados da rapariga, assim como representantes da Santa Sé, estarão presentes durante a abertura dos túmulos, que será a 11 de julho no Cemitério Teutónico.

O Vaticano não adiantou mais detalhes sobre a quem pertencem os túmulos que vão ser abertos. Há muito tempo que a família da adolescente desaparecida em 1983 exige ainda o acesso aos documentos do Vaticano sobre o desaparecimento.

O caso de Orlandi voltou a ganhar atenção recentemente depois do surgimento de uma pista anónima sobre o local onde poderá estar enterrado o corpo da rapariga. A indicação é a de que o corpo estará enterrado num cemitério germânico, destinado a cadáveres da Áustria, da Alemanha e da Holanda.

Em novembro de 2018, a descoberta de ossos humanos debaixo do solo de um porão da Nunciatura da Santa Sé, em Roma, fez aumentar as hipóteses de resolver o caso mas, sem sucesso, uma vez que os resultados deram negativo.

Em 2012, também já tinham sido encontrados restos mortais não identificados ao lado do túmulo, na basílica de San Apolinar, de Enrico De Pedis, chefe do “Bando de la Magliana”, máfia da capital italiana durante a década de 70 e 80.

O caso Orlandi está revestido de várias facetas misteriosas, nas quais se cruzam todo o tipo de teorias que juntam a máfia italiana, a Igreja Católica, uma rede de abusos sexuais e até mesmo o turco Ali Agca, que em 1981 tentou assassinar o Papa João Paulo II.

ZAP // Lusa

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