Matos Fernandes torna-se militante do PS (e pode vir a ser o cabeça de lista pelo Porto)

Mário Cruz / Lusa

João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Transição Energética, filiou-se no Partido Socialista, apadrinhado por António Costa e pelo agora eurodeputado Manuel Pizarro, presidente da federação socialista do Porto, distrito onde exerceu boa parte da sua vida profissional.

Aos 51 anos, Matos Fernandes troca a independência partidária pela militância de cartão em plena pré-campanha às legislativas.

Matos Fernandes é, de acordo com o Expresso, um dos membros do Governo que deverão integrar as listas para as eleições de outubro e é provável que lhe caiba um papel de destaque. A hipótese de ser o primeiro nome pelo distrito do Porto é considerada como muito provável na cúpula do partido.

A decisão será de António Costa, que tem o exclusivo de indicação dos cabeça de lista socialistas nos 18 distritos do continente. Desde a última remodelação, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS tem apostado em Matos Fernandes, que além do Ambiente passou a tutelar a transição energética, uma das bandeiras do PS para a próxima legislatura. Matos Fernandes foi o ministro que deu a cara pela revolução no preço dos passes sociais.

A alternativa a Matos Fernandes pelo círculo do Porto será Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, que na hierarquia do Governo se sobrepõe ao titular do Ambiente. Porém, fontes socialistas dizem, segundo o mesmo jornal, que a aposta em Matos Fernandes pode ter um horizonte mais vasto do que as legislativas de outubro.

O próprio lançou a hipótese de ser candidato à Câmara do Porto, algo que o PS não conquista desde 2001. Em entrevista ao Expresso, Matos Fernandes colocou-se lançou a hipótese de vir a representar o PS nas autárquicas de 2021.

O ministro do Ambiente é engenheiro civil, foi presidente do Conselho de Administração da Administração dos Portos do Douro e Leixões e, a convite de Rui Moreira, liderou as empresa municipal Águas do Porto.