O presidente da Altice Portugal considerou que o relatório que recomenda que o Governo faça alterações de fundo na rede SIRESP demonstra “um profundo desconhecimento” da realidade do país e até alguma “ignorância”.
“Parece-me, desde logo, que [o estudo] é fruto de apenas uma dissertação de teor eminentemente académico que mostra um profundo desconhecimento e até mesmo alguma ignorância sobre aquilo que é a realidade do nosso país”, disse Alexandre Fonseca aos jornalistas, à margem de um evento da Altice, em Faro.
O grupo de trabalho sobre o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) recomenda que o Governo faça alterações de fundo na rede SIRESP que podem custar até 25 milhões de euros para que seja mais seguro e dependa menos da Altice e Motorola.
De acordo com as conclusões do relatório que vai ser apresentado no parlamento e a que o Público teve acesso, o SIRESP “já foi pior, mas não é seguro”, sobretudo em “situações extraordinárias”, razão pela qual os técnicos recomendam um conjunto de melhorias que no total vão implicar “um investimento de entre 20 a 25 milhões de euros”.
Para Alexandre Fonseca, o estudo pedido pelo Governo ao Instituto das Telecomunicações demonstra “algum deslocamento” relativamente àquilo que é a realidade de construção de redes num país como Portugal. No documento, o grupo recomenda ao Governo que comece a pensar numa alteração da estrutura criando uma rede de “cabos de fibra ótica (enterrados) e/ou feixes hertzianos, sempre com redundância”, sugerindo que devem ser instalados “em cerca de dois anos” e terá um custo de “8 a 10 milhões”.
“Dizer que o que temos que fazer é esquecer as redes atuais e reconstruir, de raiz, uma rede em fibra ótica e que recorra ao enterramento dessa rede e depois falar em valores de 25 milhões de euros é totalmente surreal“, considerou. Segundo estimou o presidente da Altice, estruturar uma rede desta dimensão, que “nunca será inferior a 40 mil quilómetros”, representaria um investimento “de mais de 1.000 milhões de euros”.
Investimento é “baixo face ao realizado desde a criação”
Por outro lado, o Ministério da Administração Interna considerou que os cerca de 25 milhões de euros propostos pelo grupo de trabalho sobre o SIRESP “representa um investimento baixo relativamente ao que foi realizado desde a criação da rede”.
“O trabalho visa preparar o período posterior a 2021 e representa um investimento baixo relativamente ao que foi realizado desde a criação do sistema”, precisa o MAI, destacando que o relatório conclui que, no ano passado, “não houve falhas consideráveis e que os problemas verificados na rede em 2017 foram em grande parte resolvidos”.
Até à sua implementação, o grupo de trabalho propõe a continuidade do sistema atual. O grupo propõe também que o Estado desista de usar as estruturas da Altice e prefira infraestruturas próprias. A parceria público-privada que existe desde 2006 para o SIRESP cessa a sua vigência em 30 de junho de 2021.
O Estado comprou por sete milhões de euros a parte dos operadores privados, Altice e Motorola, no SIRESP, ficando com 100%, numa transferência que vai acontecer em dezembro, decidiu o Governo em Conselho de Ministros, em 13 de junho. A parceria público-privada vai prolongar-se até 2021, quando termina o contrato, continuando a Altice e a Motorola a fornecer o sistema até essa data.
ZAP // Lusa
Estes parasitas mafiosos da Altice mamaram forte e feio com o SIRESP e vão continuar a mamar já que continuam fornecedores do sistema!…