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Operação Rota Final faz cinco arguidos. Três ex-presidentes de câmara na lista

Tiago Henrique Marques / Lusa

O Operação Rota Final, que esta quarta-feira levou a cabo várias buscas em 18 autarquias do Norte e Centro do país, fez cinco arguidos, avança o Público.

Inicialmente, a Procuradoria-Geral Distrital (PGD) de Coimbra divulgou que seriam quatro pessoas, entre ex-autarcas, funcionários de autarquias e de uma empresa de transportes

O diário precisa agora, citando fonte da investigação, que entre os arguidos estão Álvaro Amaro, ex-presidente da Câmara da Guarda e agora eurodeputado eleito nas listas do PSD, Francisco Lopes, ex-presidente da Câmara de Lamego e Hernâni Almeida (PSD), ex-presidente da Câmara de Armamar. No rol de arguidos está ainda um funcionário da Câmara de Lamego (PSD) e um administrador da Transdev.

Em causa está uma operação da Polícia Judiciária, esta quarta-feira divulgada, sobre um alegado esquema fraudulento de viciação de procedimentos de contratação pública.

A PJ fez buscas em 18 câmaras municipais do Norte e Centro do país, num processo em que a operadora de transportes públicos Transdev também é visada.

Águeda, Almeida, Armamar, Belmonte, Barcelos, Braga, Cinfães, Fundão, Guarda, Lamego, Moimenta da Beira, Oleiros, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Sertã, Soure, Pinhel e Tarouca são as autarquias sob investigação.

“No decurso desta operação, foram, até agora, constituídos quatro arguidos, entre ex-autarcas, funcionários de autarquias e de uma empresa de transportes”, refere a Procuradoria, dando conta que a investigação visa esclarecer os termos é que a Transdev “obteve contratos e compensações financeiras” com estas autarquias.

Ainda de acordo com a PGD, em causa estão “indícios de tráfico de influência, participação económica e corrupção, entre outros crimes”.

CM Guarda sem arguidos

A Câmara Municipal da Guarda esclareceu esta terça-feira que “nenhum dos colaboradores ou eleitos em exercício” na autarquia foram constituídos arguidos nas buscas da PJ.

Em comunicado, o presidente da autarquia da Guarda, Carlos Chaves Monteiro (PSD), afirma “o município da Guarda, em face das buscas realizadas, prestou a necessária e a adequada colaboração com vista ao cabal esclarecimento da verdade nos presentes autos”.

Também o município de Barcelos afirmou ter prestado “toda a colaboração solicitada pelos inspetores” da PJ. Por sua vez, a Câmara do Fundão mostrou-se convicta de que as dúvidas ficaram “cabalmente dissipadas e esclarecidas”.

ZAP // Lusa

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