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Renault e Nissan detetam gastos suspeitos de Ghosn no valor de 11 milhões de euros

WEF / Flickr

Carlos Ghosn, Chairman e CEO da Renault-Nissan Alliance

A auditoria interna realizada pelo grupo francês Renault e pela japonesa Nissan na sua ‘joint-venture’ RNBV detetou uma despesa suspeita de 11 milhões de euros, utilizados para fins pessoais, pelo antigo dirigente Carlos Ghosn.

O Conselho de Administração da Renault indicou esta terça-feira que esta quantia inclui gastos extra de viagens de avião, doações a organizações sem fins lucrativos e outras despesas não especificadas, todas de Carlos Ghosn, noticia a agência Efe.

As conclusões definitivas da auditoria empreendida na Renault Nissan BV (RNBV), a ‘joint venture’ (parceria) entre a Renault e a Nissan, com sede na Holanda, confirmam as “deficiências ao nível da transparência financeira e procedimentos de controlo de gastos” apontadas em abril nos resultados provisórios.

Naquela ocasião, e com base nas conclusões preliminares, o Conselho de Administração pediu à Direção-Geral da Renault que abordasse a Nissan para que os dois acionistas decidissem “as medidas corretivas necessárias a aplicar até ao final do ano”.

O comunicado agora divulgado acrescenta que, à margem das medidas decididas então, foi pedido aos representantes da Renault que voltem a falar com os homólogos da Nissan para decidir “a implementação de ações judiciais” na sequência dos resultados da auditoria.

O ex-presidente da Renault-Nissan-Mitsubishi Carlos Ghosn foi detido em novembro último em Tóquio, Japão, por supostas irregularidades fiscais.

A polémica fez com que Carlos Ghosn primeiro cessasse funções como presidente da Nissan e da Mitsubishi e, posteriormente, renunciasse como executivo máximo da Renault.

// Lusa

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