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Polícia alemã encontra 1500 quadros confiscados pelos nazis

Raparigas Órfãs de Amsterdão, óleo de Max Liebermann, 1881 (The Rau Collection / wikimedia)

Raparigas Órfãs de Amsterdão, óleo de Max Liebermann, 1881 (The Rau Collection / wikimedia)

A revista alemã Focus noticiou este domingo terem sido encontrados, num apartamento em Munique, cerca de 1500 quadros de grandes mestres como Picasso, Matisse e Chagall, confiscados pelos nazis a coleccionadores judeus ou vendidos por judeus perseguidos.

O ministério público de Augsburgo, responsável por este caso, de acordo com a agência noticiosa alemã DPA, não quis comentar a informação divulgada pela Focus.

A publicação acrescentou que os quadros, de grandes mestres do século XX, incluindo os alemães Emil Nolde, Franz Marc, Max Beckman e Max Liebermann, foram avaliados em cerca de 1000 milhões de euros.

As telas foram encontradas no apartamento de um octogenário, Cornelius Gurlitt, cujo pai, Hildebrand Gurlitt, comprou estes quadros nas décadas de 1930 e 1940.  Cornelius foi apanhado numa inspecção aleatória do fisco alemão, em setembro de 2010, durante uma viagem de comboio entre a Alemanha e a Suíça.

As obras foram confiscadas pelos nazis a colecionadores judeus e revendidas em seguida, ou vendidas a baixo preço por judeus em fuga. Algumas terão sido confiscadas por agentes do III Reich por serem consideradas como “arte degenerada”, por oposição à arte oficial, como definida por Adolf Hitler, e também revendidos pelos nazis.

Entre as obras encontradas, conta-se um quadro de Henri Matisse que tinha pertencido ao colecionador judeu Paul Rosenberg, forçado a abandonar a coleção quando fugiu de Paris, escreveu a Focus.

ZAP/Lusa

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