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Nacional vs Sporting | Triunfo curto para tanto domínio

Pedro Sarmento Costa / Lusa

O Sporting foi à Madeira somar a sua sétima vitória consecutiva na Liga NOS. No terreno do Nacional, os “leões” ganharam por 1-0, num jogo em que o resultado não espelha a grande superioridade da formação de Alvalade em todo o encontro.

Valeu aos insulares a exibição de grande nível do seu guarda-redes Daniel Guimarães, que realizou nove defesas, oito delas na primeira parte, e evitou um resultado mais desnivelado.

O Jogo explicado em Números

  • O jogo começou com um aviso sério de Bruno Fernandes, a realizar o primeiro remate (e enquadrado) logo ao segundo minuto. Os insulares responderam com o seu estilo de futebol, à procura de ter bola, e à passagem do primeiro quarto-de-hora já o haviam conseguido, com 54% de posse nesta fase. Contudo, os “leões” registavam mais remates (três, contra apenas um dos homens da casa).
  • Aos 27 minutos, Jovane Cabral obrigou Daniel Guimarães a uma grande defesa (a primeira de muitas), numa altura em que o Sporting pressionava cada vez mais. À meia-hora as estatísticas mostravam isso mesmo, com os visitantes a registarem 59% de posse de bola, nove remates, cinco deles enquadrados, contra somente um disparo (com boa direcção) dos homens da casa.
  • O guarda-redes do Nacional, Daniel Guimarães, começava a destacar-se, registando nesta altura um rating de 7.6, fruto de cinco defesas, três delas a remates na sua grande área, três seguras, uma a travar um remate ao ângulo. Números habituais em final de jogo, mas só estavam decorridos 30 minutos.
  • Perto do intervalo já os lisboetas levavam 13 remates, oito enquadrados, registavam 60% de posse, enquanto o Nacional só conseguira três acções com bola dentro da área leonina, muito pouco para uma equipa a querer fugir aos lugares de descida e que até começara bem o jogo.
  • Domínio completo do Sporting na primeira parte, facto que os números demonstram de forma clara.
  • Os “leões” registavam 62% de posse de bola ao descanso e relevantes 15 remates, oito deles enquadrados, contra somente um disparo dos homens da casa (com boa direcção).
  • Apenas nos duelos os insulares mostravam estar melhor, com 62% ganhos, sendo que os homens da casa só fizeram duas faltas nos primeiros 45 minutos.
  • O melhor em campo nesta altura era o impressionante guardião Daniel Guimarães, que chegou ao intervalo com um GoalPoint Rating de 8.3, fruto de oito defesas, seis a remates na sua grande área, um deles que encaminhava a bola ao ângulo da sua baliza.
  • A segunda parte começou na mesma toada, totalmente dominada pelo Sporting.
  • Atingida a hora de jogo, os lisboetas apresentava 67% de posse de bola na segunda parte e três remates, embora nenhum enquadrado. Mais uma vez, os insulares estavam melhor nos duelos (64% ganhos) e não registavam faltas. Adivinhava-se o golo do Sporting, que viria a surgir com naturalidade aos 62 minutos.
  • Na sequência de um livre descaído para a esquerda, Marcos Acuña fez o cruzamento para a grande área e Luiz Phellype, sem deixar a bola cair, “fuzilou” Daniel Guimarães. Ao 19º remate, nono enquadrado, o “leão” chegava finalmente ao golo, perante um Nacional inofensivo.
  • O primeiro remate do Nacional na segunda parte surgiu apenas aos 68 minutos, desenquadrado, da autoria de João Camacho. A reacção insular limitava-se a isso, continuando a não mostrar argumentos para contrariar a superioridade total do Sporting. E se aos 70 minutos o melhor rating ainda era do guardião dos anfitriões, Luiz Phellype começava a aproximar-se perigosamente, com 6.7, fruto do golo que marcou, mas também dos quatro remates, dois enquadrados.
  • Nos últimos dez minutos, o Nacional tentou reagir, com algumas mexidas e mais bola – 43% de posse no segundo tempo à passagem dos 85 minutos. Contudo apenas dois remates, sem a melhor direcção, pois o Sporting apresentava uma consistência e solidez que não permitia lances de perigo.

O Homem do Jogo

O Sporting venceu por 1-0, resultado magro para o que produziu. A culpa foi em grande parte de Daniel Guimarães, guarda-redes do Nacional.

O brasileiro registou um GoalPoint Rating de 7.9, fruto de uma exibição de nível elevado, que registou nove defesas, oito delas na primeira parte. Dessas intervenções, seis aconteceram a remates dentro da sua grande área, uma delas a travar uma bola que se dirigia para um dos ângulos da baliza.

Uma prestação para recordar que colocou Daniel no segundo lugar (empatado com outros três guardiões) no número de defesas num jogo da Liga 2018/19, atrás das 11 de Caio Secco, registada no Sporting-Feirense.

Jogadores em foco

  • Luiz Phellype 6.9 – O ponta-de-lança brasileiro foi o melhor do Sporting, muito por culpa do golo que marcou, o único do desafio. O brasileiro terminou a partida com quatro remates, dois enquadrados, e participou em sete duelos aéreos ofensivos, embora só tenha ganho dois.
  •  Marcos Acuña 6.8 – Grande jogo do argentino. Acuña esteve bem a defender e a atacar, tendo sido ele o autor da assistência para o golo leonino. Ao todo o esquerdino fez cinco passes para finalização, teve sucesso em dois de sete cruzamentos e ainda somou oito recuperações de posse.
  • Mathieu 6.6 – O Nacional quase não criou perigo, pelo que a boa nota do francês não se baseia nos seus momentos defensivos, que foram poucos. Na vertigem ofensiva do Sporting, Mathieu acabou por registar três remates, dois de fora da área, dois passes para finalização e 91% de eficácia de passe, com nove entregas longas certas em 12 tentativas.
  • Bruno Fernandes 6.1 – Desta feita o médio não teve a preponderância de outras jornadas. O internacional português foi um de três jogadores com cinco remates (Jovane e Diaby foram os outros), sendo que quatro aconteceram de fora da área, tendo enquadrado dois. E ainda fez dois passes para finalização e somou o número máximo de acções com bola (86).
  • Júlio César 6.5 – O central brasileiro foi, a par de Daniel Guimarães, o único a fugir à mediania dos jogadores do Nacional. Perante a pressão leonina, Júlio César ganhou quatro de cinco duelos aéreos defensivos e somou 19 acções defensivas, entre elas dez alívios. E ainda fez o único remate enquadrado da sua equipa.

Resumo

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