O Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou-se “totalmente ilibado” após a divulgação pelo secretário da Justiça das conclusões da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre uma eventual conspiração com Moscovo, à qual considerou “vergonhoso” ter sido sujeito.
“Não houve conluio, não houve obstrução, EXONERAÇÃO total e completa. MANTENHAMOS A AMÉRICA GRANDE!”, escreveu Trump na sua conta da rede social Twitter, depois de ter classificado a investigação sobre se houve ou não acordo entre a sua equipa de campanha das presidenciais de 2016 e a Rússia para influenciar os resultados das eleições como uma “iniciativa de demolição ilegal que fracassou”.
“Honestamente, é uma vergonha que o vosso Presidente tenha tido de submeter-se àquilo, que começou antes mesmo de eu ter sido eleito”, declarou ainda, antes de deixar a Florida para Washington a bordo do avião presidencial Air Force One.
Ao fim de dois anos de investigação, chega quase uma espécie de veredicto: a equipa do procurador especial Robert Mueller não encontrou nenhuma prova sólida de que a “algum representante ou colaborador da campanha de Trump tenha conspirado ou coordenado de forma consciente” qualquer ato com operacionais russos para interferir e manipular a campanha de 2016 que elegeu o milionário do imobiliário como Presidente dos Estados Unidos.
A equipa de Mueller estava também a investigar uma possível obstrução à justiça, um crime federal nos Estados Unidos, da parte do presidente norte-americano e de pessoas da sua equipa na Casa Branca. Mas também aqui não foram encontradas provas que fundamentassem uma acusação.
De acordo com uma carta de quatro páginas entregue pelo procurador-geral da República, William P. Barr, ao Congresso dos Estados Unidos, revelado pelo New York Times, Robert Mueller considera que não está em condições de concluir “num sentido ou noutro” sobre se o próprio Donald Trump ou alguém membro do gabinete da Casa Branca cometeu o crime de obstrução à justiça durante a investigação que começou em 2017.
“As investigações do procurador especial não determinaram que a equipa da campanha eleitoral de Trump ou qualquer pessoa a ela associada se tenha entendido ou coordenado com a Rússia nos seus esforços para influenciar a eleição presidencial norte-americana de 2016”, indicou Barr.
Na missiva do procurador-geral William P. Barr, que no sistema norte-americano equivale ao ministro da Justiça por ser um membro do Governo, pode ler-se ainda que “este relatório não conclui que o presidente cometeu algum crime mas também não o iliba”.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, também já reagiu, afirmando que o presidente dos EUA fica “totalmente ilibado” do caso com o relatório de Robert Mueller.
A carta de Barr surge dias depois da investigação do procurador especial nomeado por Donald Trump ter terminado a sua investigação. Fonte do Departamento de Justiça assegura que a equipa de Robert Mueller não vai produzir novas acusações.
Seis ex-colaboradores de Trump já foram acusados ou até mesmo condenados de diversos crimes — a maioria dos quais por obstrução à justiça ou falsas declarações à equipa de Mueller. Os casos mais conhecidos verificaram-se com Paul Manafort, ex-diretor de campanha de Trump, e com Michael Cohen, o ex-advogado do presidente norte-americano.
ZAP // Lusa
Das 2 uma ou estavam bem escondidas ou então não quis ver.
Rennie, Kompensan