Rebelião no PSD-Açores. “O partido não começa nem acaba com Rio”

José Sena Goulão / Lusa

Mota Amaral, ex-deputado do PSD, presidente da Assembleia da República e do Governo Regional dos Açores

Depois de João Mota Amoral figurar no oitavo lugar da lista da direção nacional do partido às europeias, o PSD-Açores confirmou que não vai fazer campanha. Além disso, Sabrina Furtado, secretária geral do PSD-Açores garante que o partido “não começa nem acaba com o dr. Rui Rio”.

O PSD-Açores vai mesmo ficar fora da campanha eleitoral às Europeias. O líder dos sociais-democratas nos Açores, Alexandre Gaudêncio, tinha avisado que o partido estava a ponderar não fazer campanha, depois de a direção do partido ter oferecido a Mota Amaral o oitavo lugar da lista, fora das posições teoricamente possíveis para eleição.

Mota Amaral revelou-se desiludido com a ausência dos Açores na lista do PSD para as eleições europeias. O social-democrata afirmou que, com esta decisão, a credibilidade de Rui Rio fica debilitada. “A realidade é que o número de lugares elegíveis pelo PSD, a acreditar nas sondagens disponíveis, não vai além de seis e os interessados são mais do que muitos”, acusou.

A confirmação de que não vai haver campanha foi feita esta terça-feira pela Comissão Permanente do PSD-Açores, que viu Sabrina Furtado assegurar que “a defesa da região não começa nem acaba nas eleições europeias“.

Esta decisão de não participar na campanha para as europeias e não receber candidatos do PSD pode custar um eventual processo disciplinar a Gaudêncio.

Segundo o Público, a secretária geral do PSD-Açores garantiu ainda que o partido não se intimida com os eventuais processos a Alexandre Gaudêncio. Sabrina Furtado diz que, em outubro, o partido vai estar empenhado em eleger deputados para a Assembleia da República.

“Ao contrário das europeias, nas eleições legislativas nacionais os Açores têm um círculo eleitoral próprio, com representantes escolhidos por nós e não indicados por Lisboa ou Porto”, ressalvou.

O PSD-Açores está a preparar uma proposta de criação de um círculo eleitoral dos Açores ao Parlamento Europeu, “para que, no futuro, nenhuma estrutura nesta região tenha de andar com a mão estendida à boa vontade de Lisboa ou Porto“, disse a secretária-geral.

ZAP //

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