Ana Rita Cavaco garante que não quer que se instale o “descontrolo” nas relações entre os enfermeiros e o poder político e acusa António Costa de ter sido o “causador” da crispação verbal.
Em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, Ana Rita Cavaco garantiu que não quer se instale o “descontrolo” nas relações entre os enfermeiros e o poder político e acusou o primeiro-ministro de ter sido o “causador” da crispação verbal.
A bastonária dos enfermeiros reconhece que as suas declarações, “que nunca são agressivas, o incomodem mas, de facto, ele foi muito agressivo com a Ordem dos Enfermeiros e isso provocou naturalmente uma revolta”.
“Houve, de facto, alguns episódios de grande tensão entre mim e o anterior ministro Adalberto Campos Fernandes, mas isso nunca fez que ele deixasse de cumprir as suas funções como ministro ou eu as minhas como bastonária. Nunca deixámos de falar, pese embora publicamente houvesse às vezes algumas coisas menos boas entre os dois, mas ele nunca deixou de cumprir o seu papel junto da Ordem e a Ordem nunca deixou de cumprir o seu”, afirmou.
Referindo que “os sindicatos já se disponibilizaram para fazer algumas concessões” e defendendo que “o Governo também o deve fazer”, a bastonária não se mostra desagradada com a hipótese de o conflito instalado ser mediado por Marcelo Rebelo de Sousa: “é uma pessoa bastante acarinhada pelo povo e tem também essa função”.
Além disso, a bastonária garantiu na entrevista que “daquilo que nós sabemos até aqui, sem falar com os enfermeiros diretores, a informação que temos é que não houve” violações dos serviços mínimos.
“A Ordem tem obrigação de falar com quem está no terreno também e é isso que procuramos fazer. Quando vemos, ou através da comunicação social ou de algum responsável de outra instituição ou de outra entidade homóloga, que existiu esta violação e quando dizem onde foi, a nossa preocupação é falar com quem está lá todos os dias dentro dos blocos e perceber aquilo que se passou“, explicou, acrescentando que “isto não é um dérbi, não é um Benfica-Sporting”.
Durante a entrevista, Ana Rita Cavaco adiantou ainda que quem está a financiar a greve são “maioritariamente os enfermeiros que se quotizaram”. “As contribuições não vieram, como eu sei que não vieram, de grupos de interesses”, afirmou.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros não excluiu a possibilidade de se divulgarem os nomes de quem financiou a greve, através da plataforma de crowdfunding, mas há que ter cuidado com a questão legal dessa divulgação.
“Acho que essa questão tem de ser respondida pela Comissão Nacional de Proteção de Dados -, hoje há um novo regime, uma nova lei de proteção de dados, e por muito que eles queiram revelar quem são os contribuidores ou a PPL o queira fazer, por que esses têm toda a informação, eu acho que tem que haver aqui uma pronúncia da Comissão Nacional de Proteção de Dados para ninguém cair numa ilegalidade”, afirmou.
Ana Rita Cavaco deixou ainda claro que não tem acesso aos dados de quem financiou a greve. “Não tenho nem quero ter.”
Esta bestanária ou anda a fumar erva estragada ou põe pouco tabaco na mistura…
… esta Sra. Bastonária tem toda a razão. Os governantes se queriam paz e harmonia não semeavam ventos, com todas estas “bocas” agora colhem tempestades, para ficarem bem na fotografia que satisfaçam as exigências dos enfermeiros e não fica por aqui este assunto.
Porra já não nos chegava a Inter-sindical e o sindicato dos professores estar ao a serviço do PCP e a UGT ao serviço do PS, agora é a Ordens Profissionais ao serviço do PPD, em quem ainda eu tinha um pouco de confiança agora estão para mim equiparados aos partidos políticos.