Depois de mais de seis meses sem visitar Madrid, Ronaldo vai voltar na próxima terça-feira para ratificar em tribunal o acordo celebrado com o Fisco espanhol.
O jogador português é acusado de ter, de forma “consciente”, criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o Fisco espanhol em 14,7 milhões de euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014.
Ronaldo aceitou dois anos de prisão com pena suspensa – seis meses por cada um dos delitos – que serão saldados através do pagamento de 18,8 milhões de euros.
Agora, de acordo com o jornal espanhol ABC, o objetivo da defesa de Ronaldo é tentar substituir os 24 meses de prisão por uma multa de 250 euros diários durante 48 meses. No total, o jogador pagaria uma multa de 350 mil euros – ou seja, dois dias de multa por cada dia na prisão.
A audição em Madrid começou por ser marcada para dia 21 de janeiro, mas os advogados do português conseguiram que se realizasse na terça-feira por causa do jogo do Juventus contra o Chievo, marcado para as 20h30 desse dia.
O julgamento terá segurança apertada, um dos pedidos dos advogados de Ronaldo. Depois de ser ouvido, o jogador vai voltar imediatamente a Turim, sem qualquer conferência de imprensa.
Cristiano Ronaldo sempre negou ter cometido qualquer ilegalidade, mas acabou por ceder e admitiu os delitos para conseguir chegar a um acordo com a autoridade tributária e com as finanças espanholas.
Em 2018, Ronaldo conseguiu resolver o diferendo com o fisco, aceitando a pena de prisão suspensa de dois anos e o pagamento da verba no valor de 18,8 milhões de euros.
Cristiano Ronaldo terá beneficiado uma sociedade criada em 2010 para esconder do fisco os rendimentos gerados em Espanha com direitos de imagem. De acordo com a justiça espanhola, os seus atos foram “voluntários e conscientes”.