Seis meses depois de ter sido lançado, o Casa Eficiente 2020 parece estar a ser asfixiado pela banca. A banca deveria disponibilizar até 200 milhões de euros para o programa de eficiência energética, mas, desde junho, só foram emitidas 400 declarações o valor de empréstimos cedidos ficou-se pelos 300 mil euros.
A notícia é avançada nesta segunda-feira pelo jornal Público. Segundo dados do Ministério do Ambiente e da Transição Energética (MATE) a que o matutino teve acesso, nos últimos seis meses, foram realizadas cerca de 22.800 simulações, emitidos mais de 10.000 modelos de orçamento. Porém, o número de contratos está muito aquém do esperado.
A Caixa Geral de Depósitos e o Millennium BCP, os dois bancos que estão efetivamente a assegurar este tipo de crédito, fixaram em 2500 euros o montante mínimo para conceder empréstimos e, na melhor das hipóteses, nota o jornal, foram feitos 120 contratos.
O valor previsto do programa era de 200 milhões de euros, financiado em 100 milhões pelo Banco Europeu para o Investimento (BEI), em condições mais vantajosas, e o restante pela banca nacional, a quem compete definir as condições finais dos empréstimos a conceder aos particulares. Até agora, o BEI ainda só emprestou 70 milhões de euros e alerta para o risco da devolução de parte dos empréstimos se o programa não for concretizado entre 2018 a 2021.
Lançado em abril do ano passado, o objetivo do programa Casa Eficiente 2020 é facilitar a realização de obras ou aquisição de equipamentos, com recurso a crédito, em prédios urbanos ou suas frações autónomas, em todo o território nacional.