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Bruno de Carvalho detido

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Rodrigo Antunes / Lusa

Segundo avança a CMTV, Bruno de Carvalho e Nuno Mendes (Mustafá), líder da Juventude Leonina, terão sido detidos este domingo.

O antigo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, e o líder da claque Juventude Leonina, Nuno Mendes (Mustafá), terão sido detidos este domingo, no âmbito da investigação à invasão a Alcochete, avança a CMTV. Ambos deverão ser ouvidos na segunda-feira no tribunal do Barreiro.

À TSF, a Procuradoria Geral da República confirmou que houve “duas detenções no âmbito do inquérito relacionado com as agressões na Academia do SCP em Alcochete” e o porta-voz da GNR confirmou que se trata do ex-líder do Sporting e de Mustafá.

O diário adianta que Bruno de Caravalho e Mustafá são suspeitos de envolvimento no caso da invasão à Academia de Alcochete, a 15 de maio. A confirmar-se este notícia, o ex-presidente do Sporting e o líder da Juventude Leonina passarão a ser os 39.º e 40.º detidos no âmbito do processo aberto após o ataque à academia do clube.

Bruno de Carvalho, escreve o Correio da Manhã, “foi preso na tarde deste domingo pelo DIAP de Lisboa, em colaboração com a GNR”. Já o líder da Juventude Leonina, que não esteve presente na Academia no dia das agressões, “é suspeito de ter ordenado e ajudado a coordenar o mesmo”.

A mesma publicação adianta que Bruno de Carvalho e Mustafá respondem por terrorismo e autoria moral de crimes como ofensas à integridade física e sequestro.

No dia 15 de maio deste ano, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, treinadores e equipa técnica.

Na sequência do ataque à academia, nove futebolistas rescindiram os contratos com o clube. Rui Patrício, Rafael Leão, Daniel Podence, Gelson Martins e Ruben Ribeiro saíram em litígio com o Sporting e transferiram-se para outros clubes.

Bas Dost, Bruno Fernandes e Rodrigo Battaglia voltaram atrás na decisão de abandonar o Sporting, enquanto William Carvalho saiu para o Betis, de Espanha, após acordo do clube espanhol com os ‘leões’.

Em julho, depois de aplicar a prisão preventiva a 36 dos agressores que invadiram Alcochete, um juiz de instrução criminal do Barreiro apontou Mustafá como suspeito de liderar o grupo de indivíduos “responsáveis por situações de guerrilha urbana, criando assim um clima de terror e pânico nos dias de jogos“.

Em agosto, alguns dos jogadores do Sporting envolvidos nas agressões de Alcochete tinham já também apontado o dedo a Bruno de Carvalho como responsável pelo incidente, relembrando que o então presidente tinha uma relação de promiscuidade com os líderes da Juventude Leonina.

Entretanto, a GNR efectuou esta tarde buscas na “Casinha da Juventude Leonina”, como é conhecida a sede da claque no Estádio de Alvalade, e em casa de Bruno de Carvalho.

ZAP //

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3 Comments

  1. Em relação a este caso Bruno de Carvalho é vergonhoso ver o que se viu hoje na Sic noticias, uma professora universitária que teve que ser advertida 2 vezes, pelo comportamento incorrecto, mostrando uma falta de educação gritante em relação aos restantes convidados, onde não deixava ninguém falar interrompendo, argumentando ao mesmo tempo, não há palavras.
    Não consigo compreender a posição da maioria dos advogados em relação a este assunto, contra a actuação do MP.
    Os advogados não defendem só criminosos também defendem vitimas.
    O MP não têm que explicar a ninguém o que faz e porque o faz.
    Para a maioria dos advogados não se deve deter ninguém ao Domingo, fazer buscas à noite, etc. para estes ilustres advogados ao Domingo, ou à noite, deveria ser um período em que os suspeitos ou arguidos, poderiam marcar reuniões com restantes arguidos, preparar uma fuga, preparar a eliminação de provas que os pudesse incriminar, sabendo que nesse período não poderiam ser detidos ou efectuadas buscas etc…
    Para estes ilustres também quando um arguido pensa-se em fuga, bastava ir primeiro de sua livre vontade ao MP pedir para ser ouvido, quando o MP ainda não concluiu a investigação ou preparou as perguntas a fazer, e mais tarde fugir porque para este senhores, como já tinha sido ouvido, não faz sentido o MP emitir um mandato de detenção porque não vai fugir.
    Crucificam o MP sem o mínimo conhecimento dos factos que levaram aos mandatos.
    É vergonhosa a posição da maioria dos advogados em relação a este processo.
    Não os vimos argumentar da mesma forma, quando o Vale e Azevedo conseguiu fugir.
    Os advogados deveriam ter mais respeito pelos colegas de profissão, (profissionais de justiça) que estão MP.
    O MP têm que mandar investigar, emitir mandatos de busca ou detenção, quando entender ser esse o seu dever, sem ficar sujeito a julgamentos na praça pública de colegas com responsabilidades no campo da justiça e que tantas vezes condenam os casos de justiça na praça pública.
    Chegam a afirmar sem qualquer conhecimento dos processos, inconstitucionalidades na actuação do MP, como neste caso de ser ou não ser terrorismo, o que conhecem deste processo para fazer tais afirmações?

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