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Juiz aponta líder da Juve Leo como suspeito de terror em Alcochete

Manuel Almeida / Lusa

O líder da Juve Leo, Nuno Miguel Mendes “Mustafá”

O juiz de instrução criminal do Barreiro, Carlos Delca, apontou o líder da Juventude Leonina, Nuno Miguel Mendes, mais conhecido por Mustafá, como sendo suspeito, depois de aplicar a prisão preventiva a 36 dos agressores que invadiram a Academia do Sporting em Alcochete.

De acordo com o Correio da Manhã, o magistrado refere-se à claque leonina como sendo uma “estrutura de âmbito nacional e carácter de permanência que foi liderado até outubro de 2016 pelo arguido Fernando Barata e a partir daí pelo suspeito Nuno Miguel Mendes, mais conhecido na claque leonina por Mustafá.

No despacho do juiz de instrução criminal, a que o jornal teve acesso, lê-se ainda que “os arguidos presos perfilham ideias totalmente incompatíveis com o espírito desportivo e exaltam à violência no desporto”.

Segundo a nota do magistrado, “os suspeitos atuam sempre integrados na Juve Leo liderada pelo suspeito Nuno Miguel Mendes com o propósito de concretizarem acções violentas contra número indeterminado de adeptos de clubes rivais, geralmente na via pública, provocando situações de guerrilha urbana, ou seja, ataques em grupo, criando assim um clima de terror e pânico nos dias de jogos”.

O magistrado acrescenta que “os arguidos, unindo esforços e combinando estratégias com, pelo menos, os demais arguidos já presos, organizaram, com outros elementos do grupo, Juve Leo, uma deslocação à Academia do Sporting em Alcochete”.

juventudeleonina1976 / Facebook

“Mustafá” é apontado como suspeito de terror em Alcochete

Alguns dias após as agressões na Academia do Sporting em Alcochete, Mustafá informou que iria ser instaurado um processo interno para averiguar o grau de envolvimento de membros da Juve Leo nos incidentes.

“Como sportinguista, condeno os actos praticados e em função das conclusões do inquérito, serão aplicadas as devidas sanções disciplinares”, disse Mustafá, que prometeu apoio incondicional “aos jogadores e suas famílias, à equipa técnica, muito especialmente a Jorge Jesus, à direcção, ao presidente Bruno de Carvalho e aos sócios do Sporting”.

Na altura, o líder da Juventude Leonina garantiu não ter havido qualquer pedido, sugestão ou aval de Bruno de Carvalho à claque para qualquer acção contra os futebolistas do Sporting.

Em nenhum momento houve um pedido, sugestão ou sequer aval do presidente ou de qualquer elemento do Sporting para que a Juve Leo desencadeasse qualquer ação contra os nossos jogadores, o nosso ‘mister’, o ‘staff’ técnico ou qualquer elemento da Academia de Alcochete”, disse Mustafá, durante a leitura de um comunicado à imprensa.

ZAP //

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