Cientistas holandeses estão convencidos de que irão conseguir criar uma verdadeiro enxame de drones capazes de assumir o comando, em caso de extinção dos insetos.
A possível extinção de abelhas tem assustado os especialistas ambientais, isto porque os insetos têm um importante papel na natureza, dado que fazem um excelente trabalho de polinização que, se por algum motivo deixar de ser feito, pode dar resultado a uma verdadeira catástrofe.
Cientistas da Universidade de Tecnologia de Delf, na Holanda, estão preocupados com esta questão e têm estudado métodos de modo a criar uma legião de mini-drones capazes de fazer a polinização das plantas em caso de extinção das abelhas. Apesar de estar ainda numa fase muito embrionária, o projeto é ambicioso. E ao estilo de Black Mirror.
Desta forma, os especialistas estão a desenvolver insetos robóticos de 33 centímetros com cerca de 29 gramas, capazes de voar durante seis minutos a uma velocidade máxima de 24 quilómetros por hora.
Ao The Guardian, Matej Karásek confessou estar convencido de que “dentro de cinco ou 10 anos, teremos tecnologia para fazer os drones muito menores e, assim, conseguiremos colocá-los em estufas“.
Esta é uma solução a longo prazo que responde às consequências devastadoras da mudança climática global, que colocam o futuro das abelhas sob ameaça.
Ao reproduzir alguns dos complexos padrões de movimento de asas e aerodinâmica das moscas-das-frutas, em particular, os cientistas acreditam que serão capazes de criar enxames de drones para polinizar plantas.
Karásek sublinha que o objetivo não é copiar moscas nem abelhas. “Pelo contrário: estamos a tentar aprender com elas.”
A Holanda é um dos maiores exportadores mundiais de produtos agrícolas e alimentares do mundo. As abelhas são responsáveis pela polinização de cerca de 80% das culturas comestíveis cultivadas no país.
No entanto, das 360 espécies diferentes de abelhas existentes na Holanda, cerca de metade estão ameaçadas. A queda dramática de polinizadores nos últimos anos tem sido atribuída, em parte, ao uso generalizado de pesticidas.
Os especialistas estão também em busca de um parceiro comercial que queira investir no projeto. O Robohouse, da Universidade de Delft, inaugurado há seis semanas, foi criado para reunir as mentes de engenharia mais brilhantes do país e o setor privado.
Ok, podem morrer todas as espécies e serem substituidas por robôs (incluindo nós). Proibir os pesticidas para acabar com esta catástrofe é que não…