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Diretores demissionários do Hospital de Gaia fazem ultimato ao Governo

Diretores do Hospital de Gaia avançam mesmo com a demissão caso as obras no Hospital de Gaia que não sejam contempladas no Orçamento do Estado.

José Moreira da Silva, diretor clínico, espera ver pelo menos 50 milhões de euros inscritos no Orçamento de Estado para as obras no Hospital de Gaia.

“Espero que esteja vertido no OE que as obras em Gaia são para fazer celeremente, que não estamos aqui a empatar e que são precisos pelo menos 50 milhões de euros para fazer o resto das obras”, disse à TSF Moreira da Silva.

Caso o Governo não transfira os 50 milhões exigidos pelo Hospital, a demissão dos diretores clínicos avançará mesmo: “Apresentamos no dia a seguir a demissão em bloco, mas ficamos no cargo até sermos substituídos, obviamente. Ninguém está a pensar deixar o hospital ao deus-dará”.

“Têm de ver se o Grande Porto merece ou não uma situação destas”, desafiou o diretor clínico, Moreira da Silva.

O diretor clínico do Hospital de Gaia garantiu ainda que, apesar da ameaça de demissão, tem recebido muitos apoios dentro da instituição de saúde.

“Recolhemos cerca de 300 assinaturas de médicos do hospital que estão solidários com os diretores de serviço. Portanto, não estamos a falar de 50, mas de 350″, disse.

Em relação à reunião de agosto com a tutela, Moreira da Silva negou as informações avançadas pela administração do hospital. “Foi dito pelo ministro que não havia dinheiro”.

O grupo que ameaça demitir-se dos cargos do Hospital apresentou como deadline o dia da apresentação do Orçamento do Estado.

Caso existam 50 milhões para as obras no Hospital de Gaia, a demissão recua. Caso o Governo não desbloqueie o valor, as demissões tomam lugar no dia seguinte.

ZAP //

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