As autoridades norte-americanas elevaram o número de mortos de 23 para 32, a maioria na Carolina do Norte, devido à tempestade tropical Florence que atingiu terra na sexta-feira, no sudeste dos EUA.
As vítimas mortais mais recentes incluem uma pessoa que perdeu a vida num aparente tornado perto de Richmond, no estado de Virgínia.
As autoridades da Carolina do Norte divulgaram uma lista completa das mortes também na segunda-feira, elevando o número de mortos naquele estado para 25.
No mesmo dia, o Presidente dos EUA, Donald Trump, decretou o estado de emergência na Carolina do Sul.
A declaração do estado de emergência autoriza o Departamento de Segurança Nacional (DHS) e a Agência Federal para a Gestão de Emergências (FEMA) a coordenar todos os esforços de socorro em casos de desastre e encaminhar fundos federais para enfrentar a tragédia.
A assistência económica da Administração, que será colocada à disposição de diversas instituições governamentais e civis, servirá para impor “medidas de proteção de emergência” na Carolina do Sul que, juntamente com a Carolina do Norte, estão a ser os estados mais afetados pela passagem da tempestade.
Apesar de o furacão Florence ter enfraquecido desde que começou a entrar por território norte-americano como um furacão de categoria 4 na escala de intensidade de Saffir-Simpson, sendo agora classificado de tempestade tropical de categoria 1, as autoridades advertem de que ainda representa “uma situação extremamente grave”.
Um dos corpos recuperados foi, segundo fontes policiais, o de Kaiden Lee-Welch, um bebé de apenas um ano cujo paradeiro era desconhecido desde domingo, quando a viatura em que viajava com a mãe foi arrastada pela corrente.
As autoridades precisaram que a mãe conseguiu libertar-se do cinto de segurança, mas que a força da corrente a impediu de retirar o menino do veículo a tempo. A mulher foi transportada para um hospital para observação.
Além das vítimas mortais, centenas de milhares de pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas e cerca de 500 mil habitações encontram-se sem eletricidade na região afetada.
As imagens das localidades afetadas que estão a ser exibidas pelas principais estações noticiosas são dantescas, com ruas transformadas em autênticos canais, e as autoridades avisam de que o pior ainda está para vir.
“Há muitos alertas de inundação neste momento na Carolina do Norte e no sudeste da Virgínia. Não podemos sublinhar isto suficientemente: as inundações repentinas podem ocorrer em qualquer lado, não só nas proximidades de rios e riachos”, frisou o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) no Twitter.
O NWS insistiu também em que o perigo se mantém, inclusive nas zonas onde a tempestade já passou, porque “embora as chuvas tenham parado, o caudal dos rios continua a aumentar“.
Assim que passe o perigo, Trump tem prevista uma visita esta semana à região afetada para comprovar em primeira mão os efeitos da tempestade.
ZAP // Lusa