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Há três furacões ativos no Oceano Atlântico

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(h) NASA / EPA

Os furacões Florence (E), Isaac (M) e Helene (D)

Os trópicos foram à loucura: neste momento, existem três furacões ativos a girar ao mesmo tempo no Oceano Atlântico.

A imagem acima demonstrada foi capturada na manhã de segunda-feira e mostra a atividade dos três furacões: Florence, Isaac Helene. Neste momento, o furacão Florence é o que representa uma maior ameaça, tendo atingido recentemente a categoria 4 numa escala que vai até ao 5. Todos os furacões se formaram no domingo passado.

São mais de 3.000 quilómetros que separam os três furacões por isso, a única forma de os observar em simultâneo é a partir do espaço.

As imagens foram feitas pelo GOES 16, um satélite de última geração lançado no ano passado com a objetivo claro de melhorar as previsões sobre furacões. Como bónus, também fornece uma “visão do inferno” para o público em geral.

O GOES 16 também tem a capacidade de ampliar as imagens de furacões específicos, oferecendo close-ups belíssimos – e um pouco angustiantes.

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA compartilhou recentemente o olho do furacão Florence. O turbilhão de nuvens em volta do centro do furacão é um sinal de que está a ganhar força como era esperado.

Riscos dos fenómenos naturais

Esta é a 11ª vez que três furacões estão ativos em simultâneo no Atlântico. A última vez que o fenómeno se deu foi no ano passado, quando Irma, José e Maria atingiram a categoria de furacão ao mesmo tempo. As cicatrizes do Irma e Maria ainda estão visíveis nas Caraíbas e na Florida.

As previsões para Florence e Isaac também não são boas. Felizmente, o furação Helene – que deverá atingir o arquipélago dos Açores no sábado – pode desviar-se para o Atlântico central e não apresentar risco imediato para nenhum território.

Já o Florence é uma ameaça para a costa leste dos Estados Unidos, onde mais de um milhão de pessoas já foram retiradas devido ao risco de inundações. O furacão está a fortalecer-se rapidamente e pode atingir o Sudeste ou o Meio-Atlântico até quinta-feira, com um grande risco de tempestade. Há ainda possibilidade de cheias históricas.

Enquanto isso, Isaac dirige-se em direção às Caraíbas e às Pequenas Antilhas. Embora seja um furacão de pequenas dimensões, ainda pode trazer chuvas e tempestades a várias ilhas dos Barbados até Antígua. Também Porto Rico está dentro do “cone” da tempestade, embora ainda muita coisa possa acontecer entre o dia de hoje e o fim de semana para alterar a sua trajetória.

NOOA, EUA

Escolha dos nomes dos furacões

Os furacões e os demais ciclones tropicais têm nomes próprios – e a escolha não é feita ao acaso. Utilizar nomes próprios, em vez de números ou termos técnicos, tem como principal objetivo evitar confusões e fazer com que seja mais fácil recordar estes fenómenos durante os alertas que vão sendo divulgados.

No entanto, e ao contrário do que muitas vezes se pensa, a lista dos nomes não está em nada relacionada com políticos ou homenagem às vítimas do desastre do Titanic nem tão pouco possui apenas nomes femininos, nota a BBC.

A lista de nomes para os ciclones tropicais do Atlântico foi criada em 1953 pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) e o seu padrão tem sido usado noutras partes do mundo. Atualmente, estas listas são mantidas e atualizadas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU com base em Genebra, na Suíça.

Todos os anos, as listas dos furacões são organizadas em ordem alfabética, alternando entre nomes masculinos e femininos. E os nomes das tempestades são diferentes variam de região em região.

Por exemplo, a de furacões e tempestades de 2017 no Atlântico passou por Arlene, Bret, Cindy, Don, Emily, Franklin, Gert e Harvey até chegar ao Irma, Jose e Katia – duas das tempestades que se tornaram furacões e atingiram a região logo de seguida.

No entanto, se estivéssemos na região do leste do Pacífico, estaríamos mais familiarizado com os nomes Adrian, Beatriz, Calvin, Dora, Eugene, Fernanda, Greg, Hilary, Irwin, Jova e Kenneth – ou seja, os nomes são adaptados às diferentes regiões.

Além disso, as listas são recicladas a cada seis anos, o que significaria que, em 2023, Harvey ou Irma poderão voltar a aparecer.

No entanto, os comités regionais da OMM reúnem anualmente para discutir quais as tempestades que foram especialmente devastadoras no ano anterior e, por isso, devem ter alguns nomes já “aposentados” – como deve ser o caso do Harvey e Irma.

Depois do Katrina ter feito mais de 2 mil mortos em Nova Orleães, nos Estados Unidos, em 2005, o nome deixou de ser utilizado.

De acordo com Koji Kuroiwa, chefe do programa de ciclones tropicais da OMM, o Exército americano foi o primeiro a utilizar nomes próprios em tempestades, ainda durante a Segunda Guerra Mundial.

“Preferiam escolher os nomes das suas namoradas, esposas ou mães. Naquela época, a maioria dos nomes era de mulheres”, explicou.

ZAP // HypeScience / Gizmodo / BBC

2 Comments

  1. Pra mim isto é tudo culpa do governo, e mais uma vez quem vai pagar vai ser o povo!!! Onde é que já se viu 3 furações logo de uma vez? Voltamos ao tempo das vacas gordas?

  2. Furações talvez, Furacões de certeza. Estar a dizer que é da responsabilidade do governo é estar a dar muita importância ao governo, mas que se fartam de furar a torto e a direito, é verdade, tambem.

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