Donald Trump instou os líderes evangélicos a garantirem a votação nas eleições intercalares de novembro, deixando um aviso claro: caso os democratas vençam, haverá mais violência. “Vão reverter tudo o que fizemos”, alertou.
A informação foi veiculada por convidados de um jantar realizado na segunda-feira na Casa Branca, no qual estiveram presentes dezenas de pastores, padres e apoiantes cristãos de Trump. A gravação áudio foi depois obtida pela imprensa, incluindo o The New York Times.
O Presidente norte-americano aproveitou a reunião privada com os líderes evangélico para falar sobre os esforços da sua Administração para promover causas cristãs conservadoras, advertindo aos presentes que tais esforços poderão ser rapidamente desfeitos.
Caso vença as eleições intercalares, os democratas “vão reverter tudo o que fizemos e vão fazê-lo de forma rápida e violenta“, avisou Trump, citado pelo NYT.
Donald Trump foi ainda mais longe e apelou a que os líderes evangélicos usem os púlpitos das suas igrejas para ajudar a que os republicanos ganhem as eleições intercalares: “Só vos peço que procurem garantir que as vossas comunidades votam. Se não votarem, vamos ter dois anos miseráveis”. “Vocês estão a uma eleição de perderem tudo o que têm”, disse o Presidente para os participantes do evento.
O jornal diz ainda que esta deve ser a estratégia utilizada pelo Partido Republicano até às eleições intercalares, uma estratégia assentada na propagação do medo, apresentando-se como a única solução viável e capaz de o combater.
Hogan Gidley, porta-voz da Casa Branca, recusou comentar as afirmações do Presidente.
As eleições intercalares nos Estados Unidos estão marcadas para o próximo dia 6 de novembro e decidirão se os democratas ganham controlo do Congresso ou se os republicanos – liderados por Trump – mantêm o poder.
O Presidente norte-americano tem estados durante as últimas semanas debaixo de fogo, depois do seu ex-advogado, Michael Cohen, se assumir como culpado de vários crimes de evasão fiscal e de violação da lei eleitoral na campanha para as presidenciais de 2016, implicando Donald Trump no processo. Também o seu o antigo diretor da campanha, Paul Manafort, foi condenado por oito crimes fiscais.
Com este cenário, a possibilidade de destituição de Donald Trump começa a ganhar força mas, para já, não passa apenas de uma hipótese, uma vez que os republicanos reúnem a maioria no Congresso. Trump descartou a hipótese de impeachment, afirmando que a economia norte-americana sofreria graves danos e “todos ficariam muito pobres”.
ZAP // Lusa
E tem razão, a mudança mais rápida e violenta será internar esse maluco num hospício, já agora, juntamente com o Bruno de Carvalho. Num caso o Mundo agradece, no outro os sportinguistas aplaudem.