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Trump despede dezenas de funcionários de agência de supervisão do mercado financeiro

Michael Reynolds / EPA

Esta quarta-feira, a Administração Trump decidiu encolher uma agência governamental responsável por identificar riscos financeiros, despedindo cerca de 40 funcionários.

Cerca de 40 funcionários do Gabinete de Análise Financeira (OFR, Office of Financial Research) foram notificados pela Administração Trump de que serão dispensados, afirmou uma fonte conhecedora do processo à Reuters.

Donald Trump está, desta forma, a reduzir o pessoal que faz parte de uma agência governamental cuja missão é identificar riscos financeiros iminentes e que, para além disso, tenta impedir que volte a acontecer uma crise financeira como a de 2007 a 2009.

A crise financeira começou com a crise do “subprime”, concessão de empréstimos à habitação a pessoas com fraca capacidade creditícia, e acabou por contagiar o mundo inteiro. O Jornal de Negócios explica ainda que a crise atingiu muito rapidamente a banca e fez rebentar a bolha do imobiliário.

Mas a explicação que está por trás desta diminuição do staff é a “vasta reorganização” desta agência. De acordo com a Reuters, no início do ano foi dito aos funcionários do OFR que iriam ser suprimidos postos de trabalho, dado que a Administração Trump queria reduzir em 25% o orçamento alocado para esta agência, ou seja, para 76 milhões de dólares.

Na altura do orçamento solicitado pelo OFR – gabinete independente sob a tutela do Departamento norte-americano do Tesouro – para 2018, a agência afirmou que o total dos seus funcionários no ano 2016 tinha sido de 208, mas frisou que queria reduzir para 139.

Ainda segundo a mesma fonte, a meta do número total de funcionários a tempo inteiro mantém-se em torno das 140 pessoas, número que corresponde a quase 65% menos do que quando o número de empregados da OFR atingiu o seu auge, com 217 pessoas.

Os Republicanos têm apontado o dedo ao OFR, além de outros críticos que consideram este órgão muito pouco produtivo e desnecessário, sendo mais uma forma de “burocracia governamental intrusiva”.

ZAP //

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