Os familiares dos jovens resgatados de uma gruta na Tailândia puderam, finalmente, abraçar os filhos que continuam internados no hospital. Mas não sem as máscaras de protecção.
As autoridades hospitalares só agora permitiram que os familiares dos jovens que foram resgatados de uma gruta na Tailândia os fossem visitar ao hospital, desde que usando máscaras e lavando muito bem as mãos, antes e depois do contacto, medidas de precaução que visam evitar a transmissão de eventuais infecções.
Segundo o portal AsiaOne, a mãe de Prachak Sutham, um dos 12 jovens resgatados, foi pela primeira vez autorizada a contactar directamente com o filho, que diz estar muito feliz por poder abraçá-lo.
Citado pelo portal tailandês The Nation, Prachak diz que se encontra bem de saúde e agradece a todos os membros das equipas que realizaram com sucesso o resgate. A mãe do jovem resgatado diz ter sido informada pelos médicos de que Prachak, de 14 anos, está saudável e poderá regressar a casa durante a próxima semana.
Segundo a mais recente actualização do estado de saúde, os 12 jovens estão a responder bem aos tratamentos. Os primeiros quatro rapazes, resgatados no passado domingo, não apresentam febre, conseguem comer normalmente e têm a visão normalizada.
Os últimos cinco jovens, resgatados entre segunda e terça-feira, apresentam febre baixa. Um deles apresenta sinais de pneumonia e três das crianças mostram sintomas de infeções no ouvido médio, mas estão a responder bem aos antibióticos ministrado para combater eventuais infecções.
Os 12 rapazes da equipa de futebol Wild Boars, com idades entre os 11 e os 16 anos, e o seu treinador, de 25 anos, que ficaram presos na gruta durante mais de duas semanas, vão ter alta do hospital na quinta-feira da próxima semana.
Os jovens e o seu treinador ficaram encurralados durante mais de duas semanas numa gruta em Tham Luang, situada na província de Chiang Rai, norte da Tailândia, depois de o espaço, que fica junto à fronteira com Myanmar (antiga Birmânia) e o Laos, ter ficado inundado pelas chuvas.
A operação de resgate, que envolveu centenas de pessoas, incluindo mergulhadores, foi concluída na terça-feira com a saída das últimas quatro crianças e do treinador. As restantes crianças já tinham sido resgatadas no domingo e na segunda-feira.
O local onde os jovens ficaram presos situa-se a cerca de quatro quilómetros da entrada da gruta, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afectam a zona, o que obriga a que parte do percurso tenha de ser feito debaixo de água e sem visibilidade.