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Líder da seita Verdade Suprema executado no Japão

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Shoko Asahara, o fundador e líder da seita responsável por um ataque no metro de Tóquio com gás Sarin, em 1995

O ex-líder da seita Aum Shinrikyo (Verdade Suprema), condenado à morte pelo ataque com gás sarin no metro de Tóquio em 1995, foi executado esta manhã, confirmou fonte oficial do Governo japonês.

Segundo a agência de notícias EFE, outros seis dos 13 membros da seita condenados à morte foram também enforcados, mas um porta-voz do Governo confirma apenas a execução de Shoko Asahara.

A chefe de gabinete Yoshihide Suga disse, esta sexta-feira, que as autoridades estão a tomar todas as precauções para evitar qualquer retaliação por parte dos seguidores do ex-líder.

Asahara, cujo verdadeiro nome é Chizuo Matsumoto, havia sido condenado à morte juntamente com 12 cúmplices envolvidos no ataque com recurso ao gás sarin, a 20 de março de 1995, na capital nipónica, que matou 13 pessoas e causou danos a outras 6.300, alguns deles irreversíveis, já que ficaram em estado vegetativo.

Asahara, que sofria de cegueira quase total desde a sua infância, foi detido em maio de 1995, dois meses após o ataque que teve lugar na capital japonesa.

O ex-líder da Aum Shinrikyo, seita também conhecida por “Verdade Suprema”, foi condenado à morte em 2004 por esse ataque e por outros como o de 1994, na cidade de Matsumoto, onde oito pessoas morreram e 100 ficaram feridas, também devido à inalação do gás sarin.

A execução acontece hoje depois de um processo que tem mais de 20 anos.

A justiça japonesa processou cerca de 190 membros da Aum pelos ataques e outros crimes relacionados (como o assassinato em 1989 do advogado Tsutsumi Sakamoto e da sua família), emitiu seis sentenças de prisão perpétua e confirmou 13 sentenças de morte.

Fundada em 1984, a Aum tornou-se em apenas uma década numa organização temível, capaz de desenvolver agentes químicos e biológicos e armas ligeiras, e apresentou até uma lista de candidatos para as eleições gerais de 1990 que não alcançaram a representação parlamentar.

// Lusa

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