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Mãe e filho da Guarda detidos na Síria por pertencerem ao Daesh

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FreedomHouse / Flickr

Bombardeamento em Aleppo, na Síria

Dylan Omar e a mãe, Catarina Almeida, oriundos da Guarda, encontram-se detidos na Síria, num campo para mulheres e filhos de jihadistas do Estado Islâmico, depois de terem sido capturados por forças curdas.

O Expresso apurou que o antigo guerrilheiro do Daesh, que tem 25 anos e que está actualmente numa cadeira de rodas, depois de ter sido ferido em combate, está retido num campo de detenção na Síria, juntamente com a mãe, Catarina Almeida, e com os seus filhos.

As crianças, cujas idades e número não são conhecidos, terão nascido já na Síria, para onde Dylan Omar viajou em 2014, para se juntar ao Estado Islâmico, proveniente de Trappes, uma localidade nos arredores da capital francesa, como nota o semanário.

Com o terrorista terá viajado a mãe, que está agora a cuidar dos netos no campo de detenção. A mulher terá sido radicalizada pelo companheiro de nacionalidade turca, que terá também influenciado Dylan Omar.

A família de quatro a cinco elementos foi capturada por forças curdas na Síria, mas não foram “abatidos, ao contrário de tantos outros fundamentalistas islâmicos ocidentais”, escreve o Expresso. O facto de Dylan se deslocar numa cadeira de rodas pode ter contribuído para esse cenário.

O futuro destes jihadistas capturados continua a ser uma incógnita e não há, nesta altura, nenhum tipo de protocolo “sobre como reagir ao regresso de ex-combatentes” aos seus países de origem, como nota ao Expresso José Luís Ferreira Trindade, o procurador do Ministério Público que trabalha no gabinete português da Eurojust em Haia, na Holanda.

“No que se refere às mulheres, não se pode dizer que a reacção preferencial passe apenas pela sua desradicalização, podendo antecipar-se a necessidade de submetê-las igualmente a reacções penais que passem pelo encarceramento”, frisa Ferreira Trindade.

Já quanto aos ex-combatentes “estão sujeitos a investigação de natureza criminal e eventuais condenações”, “mas não é possível afirmar que todos serão condenados com penas de prisão efectivas”, refere. Tudo dependerá do treino militar que receberam e do envolvimento que tiveram nas acções do Daesh, o que poderá ser complicado de apurar.

Mas há ainda que considerar as crianças que nasceram no seio do “califado” implementado pelo grupo terrorista. Algumas receberam treino militar e estiveram envolvidas em degolações, o que levanta muitos problemas em termos de reintegração.

ZAP //

18 Comments

  1. Pois que não venham para cá e que sejam sujeitos ao mesmo sofrimento que causaram aos outros. O ditado já é antigo: “Qem luta pela espada, morre pela espada!”

  2. Nao tenho nada contra em dar um tratamento adequado a quem cometeu crimes horrendos, mas tem que haver imparcialidade, tanto na captura e castigo a conbatentes do EI, como aos soldados americanos cometeram tantas ou mais atrocidades que o proprio EI. A lei e a justiça deve ser aplicada com peso e medida, se uns merecem a prisao e a morte, os outros também. A lei e a justiça nao podem ser cegas nem parciais. Qual a diferença entre os crimes do EI, e as atrocidades em abu grahbi, ns prisoes secretas dos eua espalhadas pelo mundo, pelo waterboarding, pelos assassinatos cometidos em civis nas suas casas, quando soldados amricanos entravam por elas dentro a disparar e só depois de todo o mundo morto é que perguntavam se estava alguemn e casa, pelo heli que no iraque disparava contra civis numa carrinha, e os pilotos diziam entre si que estavam a praticar tiro aos patos??????justiça para todos e nao só para alguns.

    • Esta “portuguesa” não foi vitima dos Estados Unidos. E se a senhora continua envenenada com o vírus do ISIS? Quer tê-la como vizinha?

    • Caro Eu!,
      A expressão “mãe e filho oriundos da Guarda” é do mesmo Expresso que, para situar temporalmente o assunto, lhe serve de referência.

      • Mau… é verdadeira como?!
        Sobre o filho não há dúvidas que nasceu em Paris e NADA tem a ver com a Guarda (nem deve saber onde fica)!
        Logo…
        A mãe, segundo a mesma notícia do Expresso, também nasceu em Paris!!
        “Chama-se Catarina Almeida, tem 47 anos e foi apanhada por forças curdas do YPG quando tentava fugir para Idlib, noroeste da Síria. Esta mulher nascida e criada nos arredores de Paris …”
        Então; em que ficamos?!
        Mesmo que a mãe tenha nascido na Guarda, não há grandes duvidas que é muito mais parisiense do que guardense!
        Portanto, o mais correcto será considerar os dois como oriundos de Paris (e não da Guarda)!
        E aposto que é assim que as autoridades francesas os “catalogam”…

      • Então e eu?
        Nasci em Luanda há 50 anos. Vivo em Coimbra há 45.
        Se for apanhado na Síria, devem dizer que sou oriundo de Luanda??

  3. Como pode haver gente tão cruel para sujeitar os próprios filhos a semelhantes “experiências” ??
    Se quiseram ir para o inferno e matar outras pessoas, agora cumpram o castigo …
    Não há desradicalização alguma para essa gente.

  4. Deixem estar, a frança ira busca-los e fara todo o possivel para os receber e dar-lhes tudo o que precisam… é um pais tao generoso, nao é!

  5. Pelo amor à vida chamem tudo a esses merdas menos “ex combatentes”
    Combateram o quê?! Lutaram pelo bem?! Eles que se lixam não os queremos cá em Portugal. Gente lixo.

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