Mark Zuckerberg desculpou-se no Parlamento Europeu pela incapacidade demonstrada pela sua empresa para evitar que os dados pessoais dos cidadãos europeus fossem erradamente usados
A dois dias da entrada em vigor da legislação europeia para a proteção da privacidade e dos dados pessoais dos utilizadores da Internet, Mark Zuckerberg, presidente do Facebook, garantiu que a rede social está preparada para cumprir todas as disposições que constam no Regulamento Geral para a Proteção de Dados (ou GDPR, na sigla em inglês).
“Ficou claro nos últimos anos que não fizemos o suficiente para evitar que estas ferramentas do Facebook fossem erradamente usadas, e isso inclui notícias falsas, ingerências em eleições de outros países, ou o uso indevido da informação pessoal dos utilizadores”, afirmou.
“Não vimos bem a amplitude das nossas responsabilidades. Cometemos um erro e lamento-o”, disse Zuckerberg na sua intervenção inicial na Conferência dos Presidentes, no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Mark Zuckerberg, que falava diante do presidente Antoni Tajani, dos presidentes dos grupos políticos e do presidente e do relator da comissão de Liberdades Civis e Justiça do PE, assumiu que vai demorar “algum tempo” até que a rede social consiga empreender todas as mudanças necessárias para garantir a segurança dos cidadãos.
“A segurança não é um problema que possa ser totalmente resolvido. Enfrentamos adversários sofisticados, bem financiados, que estão em permanente evolução, mas estamos comprometidos em investir fortemente, e em a melhorar as nossas técnicas para garantir que nos mantemos à frente”, vincou.
O fundador do Facebook admitiu ainda que, em 2016, a rede social foi “demasiado lenta” a identificar a ingerência russa nas eleições norte-americanas. “Não estávamos preparados para aquela campanha de desinformação”, admitiu.
“Desde então, investimos para tornar mais difícil este tipo de ataques no Facebook. Já o fizemos nas eleições francesas e alemãs. Estamos a trabalhar com os governos para partilhar informações de ameaças em tempo real. Estamos a usar novas tecnologias para remover contas falsas responsáveis pela publicação de notícias falsas”, enumerou.
A presença de Mark Zuckerberg no Parlamento Europeu foi requisitada após o escândalo da consultora britânica Cambridge Analytica, que utilizou indevidamente informação recolhida dos perfis de mais de 87 milhões de utilizadores do Facebook.
ZAP // Lusa
Mas ninguém teve estes problemas quando o fakebook foi utilizado da mesma forma para ajudar a reeleger o Obama em 2012. Como não gostam do Trump, caíu o carmo e a trindade. Interesseiros hipócritas…