O presidente russo, Vladimir Putin, nega que as alegações de que a Rússia esteja a considerar anexar a Crimeia, afirmando que os grupos armados que tomaram o poder no território eram “forças locais de auto-defesa”, não se tratando de soldados russos.
Numa conferência de imprensa difundida pela televisão oficial, Putin afirma que o uso da força é um último recurso mas que se “reserva o direito de atuar” com todos os meios ao seu alcance, considerando essa atuação “legítima”, se a situação se estender às regiões do este da Ucrânia habitadas por russos.
“É uma missão humanitária. Não queremos subjugar ninguém nem dizer-lhes o que fazer”, afirma.
Se a Ucrânia convocar eleições sob o atual clima de “terror”, a Rússia não irá reconhecer os resultados. O presidente russo reafirmou que Moscovo ainda considera Yanukovich como o governante legítimo da Ucrânia, apesar de ter perdido o poder de facto. O líder russo manda o recado ao Governo interino: se falhar o pagamento das importações de gás, a Ucrânia ficará a dever dois mil milhões de dólares à Rússia.
Putin afirma que o país está preparado para acolher a conferência do G8 em Sochi, e acrescenta, em tom provocatório, que os líderes ocidentais “não têm que vir” se não quiserem fazê-lo.
ZAP
Crise na Ucrânia
-
5 Novembro, 2024 Tropas norte-coreanas bombardeadas pela Ucrânia pela primeira vez
-
27 Janeiro, 2015 Alerta máximo declarado na Ucrânia devido a avanço dos separatistas
-
22 Janeiro, 2015 EUA acusam Rússia de ter plano para ocupar Ucrânia
-
20 Novembro, 2014 Ucrânia: quase mil pessoas mortas desde o cessar-fogo em setembro