O primeiro comboio humanitário “está a caminho” de Ghouta oriental, onde 400 mil civis estão sitiados e submetidos a situações de grande precariedade pelas forças de Damasco, disse esta segunda o Comité Internacional da Cruz Vermelha.
“Finalmente… Um comboio da Cruz Vermelha Síria, do Comité Internacional da Cruz Vermelha e das Nações Unidas transportam ajuda que é necessária a dezenas de milhares de civis. A coluna dirige-se para Ghouta oriental” disse Robert Mardini, chefe de operações da Cruz Vermelha Internacional através de uma mensagem difundida no Twitter.
Os 46 camiões com ajuda médica e alimentos para cerca de 27.500 pessoas, segundo o Departamento de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), são o primeiro comboio humanitário a entrar no enclave.
No entanto, na inspeção de rotina dos camiões, as autoridades rejeitaram material médico, como equipamento para cirurgia e diálise, assim como insulina, disse um porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tarik Jaserevic.
“Por causa disso, três dos 46 camiões que foram enviados para Douma hoje estavam quase vazios”, disse uma responsável do OCHA em Damasco, Linda Tom.
As forças do regime controlam uma parte do bastião “rebelde” de Ghouta oriental, estando em curso uma ofensiva terrestre, disse o Observatório Sírio para os Direitos do Homem.
A organização não-governamental com sede em Londres refere igualmente que os ataques de Damasco desde domingo à noite provocaram a morte de 14 civis em Ghouta oriental.
Os ataques das forças de Damasco contra a região nos arredores da capital da Síria começaram no dia 18 de fevereiro.
De acordo com esta ONG, o Presidente sírio, Bachar al-Assad, está determinado em continuar a ofensiva, que está a ser apoiada pela Rússia com forças e meios no terreno.
O período de tréguas para ajuda humanitária nesta região foi votada, por unanimidade, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas há cerca de uma semana.
De seguida, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a instauração de uma “trégua humanitária” diária, das 09h00 às 14h00, para permitir a retirada de civis, porém, no primeiro dia do cessar-fogo, o acordo foi violado e os bombardeamentos continuaram.
Desde o início dos ataques, já morreram cerca de 700 civis, segundo os números divulgados pelo OSDH. A guerra no país já causou mais de 340 mil mortos desde o seu início em 2011.
ZAP // Lusa
Ajuda Humanitária é, a tal que vai mas é parar às mãos dos terroristas em Goutta que têm milhares de civis prisioneiros e que os usam como escudos.