O presidente do Parlamento Europeu anunciou, esta quinta-feira, a sua disponibilidade para aceitar o convite de Silvio Berlusconi para dirigir o Governo italiano, em caso de vitória da coligação de direita e extrema-direita.
“Agradeço o ato de estima de Berlusconi em relação a mim. Manifestei-lhe esta noite a minha disponibilidade para servir Itália. Agora, todas as outras decisões pertencem aos nossos concidadãos e ao Presidente da República”, escreveu Antonio Tajani no Twitter.
Na televisão, Berlusconi declarou-se “feliz” por anunciar a “boa nova”: o atual presidente do Parlamento Europeu “deu a sua disponibilidade para dirigir o próximo governo de centro-direita”.
O velho magnata da comunicação social, chefe de fila da Forza Italia (FI, centro-direita) e da coligação com a Liga, de Matteo Salvini (extrema-direita), e Fratelli de Itália, de Giorgia Meloni (extrema-direita), não pode ocupar qualquer cargo de direção público antes de 2019, devido a uma condenação em 2013 por fraude fiscal.
O nome de Tajani não recolhe a unanimidade no seio da coligação, uma vez que Salvini quer ficar à frente da Forza Italia e reclamar para si a chefia do Governo, enquanto a dirigente da Fratelli de Itália pretende uma mulher no cargo.
Segundo as últimas sondagens disponíveis – a sua publicação é proibida nos 115 dias anteriores ao escrutínio -, a coligação entre a direita e a extrema-direita está à frente, com 37% das intenções de voto, seguida pelo Movimento 5 Estrelas, populista, com 28%, e a coligação de centro esquerda, que se encontra no governo, com 27%.
As eleições em Itália ocorrem a 4 de março.
// Lusa