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Desemprego real é o dobro do oficial

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Paulo Novais / Lusa

Os números oficiais do desemprego não reflectem a realidade do país, ocultando várias pessoas sem emprego que não contam para as estatísticas. Esta é a conclusão de uma análise efectuada por investigadores do Instituto Universitário de Lisboa.

De acordo com esta pesquisa, divulgada pelo Público, o número real de desempregados chegava aos 17,5% no final de 2017. Oficialmente, o desemprego situava-se nos 8,5%.

O número real será, assim, mais do dobro do oficial pelo simples facto de contabilizar pessoas que não são consideradas nas estatísticas oficiais do desemprego.

Os dois investigadores do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) do Instituto Universitário de Lisboa, Frederico Cantante e Renato Miguel do Carmo, incluíram para esta “taxa de desemprego redimensionada” vários grupos de pessoas sem trabalho ou com empregos precários.

Assim, integram no número global de desemprego, os “desempregados desencorajados“, os que já não têm esperança de encontrarem um emprego e que, portanto, já não procuram, e os sub-empregados, aqueles que trabalham a tempo parcial, em condições precárias, por não encontrarem trabalho a tempo inteiro.

Além disso, integram ainda os “indisponíveis para trabalhar”, pessoas que não podem trabalhar por terem alguém a seu cargo ou por estarem doentes, e os desempregados integrados nos planos ocupacionais do Instituto de Emprego e Formação Profissional que não contam para as estatísticas.

Os dois investigadores notam ainda que, no pico da crise, o desemprego real chegou a atingir os 28,1%, no primeiro trimestre de 2013, quando oficialmente os números andavam pelos 17,5%, cita o Público.

ZAP //

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17 Comments

  1. Nem era preciso ser a universidade a dizê-lo.É mais uma informação credível.
    Toda a gente sabe (e também os próprios políticos só que nunca o dirão devido a sustentabilidade do seu emprego) que toda essa pobre gente que nunca conseguiu arranjar emprego depois de anos e anos de procura,pura e simplesmente desiste,porque a paciência tem limites e a esperança desaparece. Vão-se governando conforme podem,à antiga.
    Nunca nos enganaremos se quisermos saber exactamente qual é a percentagem: é só multiplicar por dois.

    • Estas tretas do desemprego 8%, 9,1% ou 16% não vai durar muito….. Quando os governos acabarem com o dinheiro físico (e não falta muito) vou deixar de poder governar-me à antiga… Vivo com 700 ou 800 euritos limpos por mês e estou “desempregado” à 7 anos, oficialmente só estive 4 anos, depois fui banido (rsrsrs).
      Não tive a esperteza de arranjar trabalho, desculpem, emprego no ESTADO para não passar pela situação de desempregado e agora vivo sem rendimentos, nem RSI, nem nada. A minha declaração de IRS vai a zeros desde 2014 e ninguém se preocupa ou averigua do que vivo…… Só se preocuparam em banir-me do registo do Centro de Emprego… (não convinha lá estar)….

  2. Pois, esta notícia é falsa!
    O valor do desemprego real não é o dobro do valor do desemprego oficial, é muito mais do que isso!

  3. O Armando está certo no que diz. A questão é que esta notícia pode dar erradamente a entender que essa diferença entre o desemprego real e o estatístico é coisa de agora, ou deste governo em particular. Isto já era assim nos governos anteriores e como tal, imagine-se as cifras do desemprego real durante a governação PAF, que era forte com os fracos e fraca com os fortes.

    • A PAF foi forte com os fortes (veja o seu amigo Ricardo Salgado; se tivesse sido com o seu PS o BES ainda existia meu caro); veja a nomeação da PGR (a Cândida de Almeida foi oferecer-se à Universidade de Verão do PSD e o Passos Coelho mandou-a passear, tendo escolhido a PGR mais competente de que há memória em Portugal; no tempo dos seus amigos tivemos lá o de Porto de Ovelha… e nem é preciso dizer mais nada; até foi jantar com o Sócrates pouco tempo antes de este ser preso).
      O senhor de facto não percebe nada de nada. É oco e um profundo vazio de ideias.

      • Epá estamos mal… Porque se os meus amigos são por definição aqueles em quem costumo votar ou já votei, o PS não conta.

        Os exemplos que você dá são brilhantes! Ahahah… Ou você é muito anjinho ou está amigado com a máfia em questão… Ora vejamos: Cândida de Almeida não é mais nem menos do que a ex-directora do DCIAP. Ela conduzia uma investigação sobre Dias Loureiro no caso BPN desde 2009 e tinha já instruido a PJ o interrogá-lo. Em 2011 a PAF sobe ao governo, em 2013 Cândida de Almeida é corrida do cargo de directora do DCIAP, a PJ passa a estar proibida de interrogar Dias Loureiro e a investigação é abafada. O processo acabou recentemente arquivado. Nos Dias de hoje, Loureiro passeia-se, impunemente, de Jaguar, por Lisboa. Passos Coelho aponta-o como exemplo de iniciativa e sucesso. É portanto natural que Cândida de Almeida quanto mais longe melhor, para Passos Coelho… Ou não fosse ele membro da ala cavaquista/santanista do PSD.

        Curiosamente, Oliveira e Costa co-arguido no mesmo processo e ex-Presidente do BPN foi condenado a 14 anos de cadeia efectiva… Continua também a passear-se alegremente a rir à custa dos sete mil milhões que esta burla custou aos Portugueses.

        Para terminar e para que veja que eu não olho a partidos, temos outro bandido como o Sócrates, o Armando Vara… Condenado a 5 anos de prisão efectiva e continua também à solta. Depois temos mais gandins do PS como António Mexia e Eduardo Catroga. Mas também temos pessoas impolutas no PS (João Cravinho por exemplo) e no PSD (Rui Rio por exemplo). Mas dessa gente não deve gostar você.

        • É pena os impolutos estarem em minoria. Mas acredite no que lhe digo. A Cândida de Almeida ofereceu-se para continuar o regabofe. Disse alto e bom som na Universidade de Verão: “Não há corrupção em Portugal”. Assim como quem diz: metam-me lá que isto continua tudo na mesma.
          Eu sou apartidário. Mas reconheço que o Passos Coelho fez um excelente trabalho em muitas matérias. O tempo far-lhe-á justiça. Estou certo disso.

      • Olhe que o antigo procurador é uma pessoa impoluta,séria e acima de qualquer suspeita.Não fique com essa ideia porque não é correcta. Ele foi juíz aqui em Anadia e foi uma maravilha (não tive processos com ele,nem com outros). Temos que ver que pode haver coincidências e nada mais do que isso.
        Bom fim de semana.

        • Não. Ele não era mal intencionado. Era apenas um palerma a quem o Sócrates e a Cândida de Almeida faziam tudo o que queriam.
          Em Portugal não há melhor exemplo do princípio de Peter

  4. A verdade é que, apenas metade dos números oficiais são verdadeiros desempregados, uma vez que existe uma percentagem elevadíssima de supostos desempregados, a receber subsidio de desemprego e a trabalhar, recebem de 2 maneiras e o patrão não tem custos associados.
    Este fenómeno é por demais conhecido mas não consta dos relatórios oficiais.
    Números que o INE deveria destacar, fazem tantas estatísticas mas estes números não divulgam,
    Mas não se coíbem de divulgar economia paralela sem sequer terem ideia do real volume.

  5. Como se ninguém soubesse que na realidade muito desemprego está oculto por parte dos centros de empregos que obrigam a maioria das pessoas a aceitarem cursos profissionais a pessoas com o 12º ano em vez de lhes oferecer um emprego, isto para que deixem de pertencer às estatísticas do desemprego.

    Mas obriga a tirarem cursos e pagam uma miséria para depois receberem valores chorudos por parte da UE, este país está minado e é isto que eles querem é encher os bolsos.

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