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Conselho de Segurança da ONU aprova cessar-fogo temporário na Síria

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O Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidade, cessar-fogo humanitário de um mês na Síria.

Ao longo de sexta-feira, a votação foi adiada sucessivas vezes de modo a permitir a continuação das negociações. Mas, após dois dias de intensas negociações, os cinco membros permanentes e os dez membros rotativos aprovaram a resolução por unanimidade.

Foi assim que as negociações na ONU sobre um possível cessar-fogo humanitário de um mês na Síria resultaram numa aprovação de um cessar-fogo na Síria. A Rússia, o país que colocou objeções a esta resolução, concordou com uma suspensão temporária de 30 dias.

“Hoje, vamos ver se os russos têm uma consciência”, tinha dito a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Nikki Haley, aos jornalistas, sem dar mais pormenores.

Em declarações à agência France Presse (AFP), citado pelo Observador, um diplomata afirmou que “as negociações continuam, estamos a tentar um acordo”, sob a condição de anonimato, antes da aprovação.

Os bombardeamentos na Síria vão parar durante um mês, uma decisão que resultou do acordo entre os países do Conselho de Segurança. Este cessar-fogo ocorre num momento em que surgiam relatos de situações dramáticas vividas pela população que tem sido alvo dos bombardeamentos. Contam-se já várias dezenas de mortos nos últimos dias.

O projeto de resolução, que foi proposto pelo Kuwait e pela Suécia, prevê uma trégua humanitária na Síria, para que seja possível, nomeadamente, o acesso a Ghouta Oriental, o último grande bastião da oposição síria nos arredores de Damasco, e a retirada de doentes e feridos.

Esta trégua foi pedido a 6 de fevereiro pelas organizações da ONU que estão no terreno, para fornecer ajuda às cerca de 400 mil pessoas que vivem em Ghouta Oriental.

O enclave rebelde está sitiado pelas forças do regime sírio de Bashar al-Assad desde 2013 e enfrenta uma grave crise humanitária, marcada pela escassez de alimentos e de medicamentos. Desde domingo passado, Ghouta Oriental, tem sido cenário de intensos bombardeamentos. O número de vítimas mortais civis já ultrapassa as 500.

ZAP // Lusa

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