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Carrilho absolvido do crime de violência doméstica por falta de provas

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Tiago Petinga / Lusa

O ex-ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho

O ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho foi absolvido do crime de violência doméstica contra a ex-mulher Bárbara Guimarães. A juíza do processo considera que não há provas suficientes para uma condenação.

Manuel Maria Carrilho era acusado de violência doméstica e de 23 crimes de difamação, contra a sua ex-mulher Bárbara Guimarães, num processo que respeita a acusações relacionadas com o período em que os dois estiveram casados.

No final de Outubro, o ex-ministro foi condenado a quatro anos de prisão, com pena suspensa, pelo crime de violência doméstica num outro processo movido por Bárbara Guimarães, por factos ocorridos já depois do divórcio.

Agora é ilibado de quase todos os crimes que lhe eram imputados, menos um, de difamação, relacionado com declarações que prestou à comunicação social sobre o alegado problema de alcoolismo de Bárbara Guimarães.

Foi condenado a 150 dias de multa, num total de 900 euros, e ainda ao pagamento de uma indemnização de três mil euros por danos não patrimoniais à apresentadora.

Quanto ao crime de violência doméstica, a juíza Joana Ferrer fala em “prova pericial inconclusiva” e refere que a “prova testemunhal abundante”, “não foi capaz de sustentar a acusação”. “Não resulta da matéria de facto provada que o arguido tem cometido o crime de violência doméstica”, destaca também, citada pela Lusa.

Reagindo à sentença, Carrilho diz-se “aliviado” e “feliz”, conforme declarações que prestou aos jornalistas à saída do tribunal. “Acho que se fez justiça”, notou o ex-ministro.

“Chega para mim ao fim um verdadeiro calvário de quatro anos em que tantas falsidades se espalharam, assentes em provas que não existiram e numa vítima que se revela tratar-se de uma falsa vítima“, realçou ainda.

O seu advogado diz que está já à espera do recurso da defesa e refere que o processo assentava numa “prova muitíssimo débil” e que, por isso, o Ministério Público nem sequer deveria ter deduzido acusação.

ZAP // Lusa

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