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Vladimir Putin anuncia candidatura às eleições presidenciais de 2018

Konstantin Zavrajin / Kremlin / Sputnik / EPA

O presidente da Rússia, Vladimir Putin

Vladimir Putin anunciou hoje que vai candidatar-se a um quarto mandato nas presidenciais, marcadas para 18 de março de 2018, na Rússia.

O atual presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta quarta-feira que vai recandidatar-se à presidência do país, nas próximas eleições, em 2018.

“Anuncio a minha candidatura ao cargo de presidente da Rússia”, disse Putin durante um encontro com operários da fábrica automóvel GAZ, em Nijni Novgorod, no Volga, transmitido em direto pela televisão. “Não podia encontrar um sítio nem um momento melhor” para o anúncio, disse, sendo fortemente aplaudido pelos operários.

Putin cumpriu dois mandatos presidenciais sucessivos, entre 2000 e 2008. Impedido constitucionalmente de se recandidatar, exerceu posteriormente funções de primeiro-ministro, enquanto o aliado Dmitri Medvedev, no cargo de presidente, alargava o mandato presidencial para seis anos.

Em 2012, quando terminou o mandato de Medvedev, Vladimir Putin voltou a candidatar-se e a ser eleito presidente.

A data da eleição vai ser oficialmente marcada pelo Conselho da Federação, a câmara alta do parlamento russo, entre 7 e 17 de dezembro. No poder há 17 anos e com uma taxa de popularidade de 80%, Putin tem a vitória praticamente assegurada. Caso vença, ficará no poder até 2024.

Os “candidatos veteranos” dos últimos anos – o líder comunista Guenadi Ziuganov, o ultranacionalista Vladimir Jirinovski e o liberal Grigori Iavlinski – já anunciaram a intenção de se recandidatar. A par deles, Ksenia Sobchak, uma vedeta da televisão, também deve ser candidata nestas eleições.

Alexei Navalny, o rival de Putin, quer ser candidato, mas está impedido de o fazer por ter sido condenado judicialmente em casos que, segundo o líder da oposição, tiveram motivação política.

Horas antes do anúncio, Putin foi mais evasivo, ao ser questionado sobre uma candidatura num encontro com jovens voluntários em Moscovo. “Estou sempre convosco”, respondeu quando lhe perguntaram se “estará sempre” com os russos.

“É sempre uma decisão muito importante seja para quem for, porque a motivação deve vir unicamente da vontade de melhorar a vida no país, de o tornar mais poderoso e mais seguro”, disse.

“Se tomar essa decisão, terei o vosso apoio e o dos que pensam como vocês?”, questionou, ouvindo da audiência gritos de “Sim!”, seguidos de fortes aplausos.

// Lusa

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