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Atentado em Manchester “podia ter sido evitado”

A ministra do Interior, Amber Rudd, revelou as principais conclusões de um relatório que analisou os quatro ataques terroristas que ocorreram entre março e junho deste ano. O atentado que ocorreu em maio, na Arena de Manchester, após um concerto de Ariana Grande, “podia ter sido evitado”.

Segundo o relatório, entregue em outubro ao Ministério do Interior e divulgado agora pelo Governo Britânico, Salman Abedi, o autor do atentado de Manchester estava já a ser investigado pela polícia.

O documento, assinado por David Anderson, conselheiro da rainha, revela que os serviços secretos britânicos tinham informações sobre o bombista responsável pelo atentado e estavam já a seguir os seus passos. “O atentado podia ter sido evitado, caso a sucessão de acontecimentos tivesse sido diferente”, explica.

De acordo com a Euronews, a ministra do Interior assumiu que o MI5, os serviços secretos do país, não terá avaliado com a devida atenção a importância das informações recolhidas até então sobre Abedi, cujos passos já estavam a ser seguidos desde 2014.

Nos meses anteriores ao atentado, o MI5 recebeu informações sobre o bombista que teriam sido “muito relevantes” na compreensão do ataque. Se uma investigação tivesse sido reaberta naquele momento, os planos de Abedi poderiam ter sido interrompidos. O MI5 considera que teria sido improvável”, afirmou Anderson.

O relatório revela que o bombista suicida, de 22 anos, regressão ao Reino Unido, vindo da Líbia, apenas quatro dias antes do ataque e não terá sido interrogado pelas autoridades aquando da sua entrada no país.

Além disso, sabe-se agora que o MI5 tinha uma reunião marcada para 31 de maio com o intuito de discutir as investigações a Abedi, mas as autoridades britânicas não foram a tempo de evitar o ataque de 22 de maio.

A direção da agência de segurança britânica afirma que, ao longo do último ano, evitou nove ataques terroristas. No entanto, David Anderson apela a uma melhor relação entre as diferentes forças de segurança, assim como uma maior partilha da informação.

O relatório analisou os ataques ocorridos em Westminster, Manchester, London Bridge e Finsbury Park, que fizeram, entre março e junho deste ano, um total de 36 vítimas mortais.

ZAP //

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