O diretor-geral do FC Porto está a ser investigado pelo Ministério Público devido a suspeitas de “corrupção ativa na atividade desportiva”. Em causa está o jogo dos azuis e brancos contra o Sporting de Braga, na época passada, onde o dirigente acabou mesmo por ser expulso por ameaças ao quarto árbitro.
Segundo o Correio da Manhã, o Ministério Público (MP) abriu um inquérito para investigar suspeitas de “corrupção ativa na atividade desportiva” por parte do diretor-geral do FC Porto, Luís Gonçalves.
O MP solicitou à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) documentos relacionados com o jogo da época passada Sporting de Braga–FC Porto (1-1), disputado a 15 de abril, pois “considera-os imprescindíveis” para a investigação em curso.
Recorde-se que o dirigente portista foi suspenso nesse encontro pelo Conselho de Disciplina da FPF por 30 dias, com base no relatório da equipa de arbitragem, que fala em ameaças ao quarto árbitro, Tiago Antunes.
“Nós sabíamos o que vinhas tu para aqui fazer, nós vamos conversar mais tarde, a tua carreira vai ser curta”, terá dito o dirigente azul e branco, citado pelo CM.
A verdade é que, no final da época, Tiago Antunes foi despromovido de categoria, o que terá motivado o inquérito do Ministério Público, que pediu à FPF todos os documentos relacionados com o jogo, desde a nomeação dos árbitros às classificações dos árbitros na época passada, nomeadamente do juiz em causa.
Esta não é a primeira vez que Luís Gonçalves surge associado a suspeitas de corrupção e pressão sobre os árbitros portugueses. Nos últimos dias, o Benfica tem acusado o diretor-geral do FC Porto desse tipo de situações noutros jogos do clube portista.
“Luís Gonçalves volta a atacar. Investigado pelo MP por ameaças ao árbitro Tiago Antunes, soube-se agora de novas ameaças à equipa de arbitragem no túnel do Bessa, no intervalo do último Boavista – FC Porto. Já com o Leixões, foram várias as ameaças… ao quarto árbitro. O clima de coação tem de acabar“, foi escrito no Twitter da direção de comunicação do clube encarnado.
