Software para roubar multibancos à venda na Internet por 4 mil euros

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Mário Cruz / Lusa

O “Cutlet Maker” já foi utilizado em vários países mas, em Portugal, ainda não há registo de qualquer queixa, segundo o diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T).

Segundo o Diário de Notícias, está a ser vendido na “darknet”, por cerca de quatro mil euros, o “Cutlet Maker”, software que permite aceder ao sistema das máquinas ATM e levantar dinheiro, sem precisar de detetar o código de um cliente.

A Kaspersky, empresa especializada em soluções antivírus, explicou em comunicado que “basta ter acesso direto ao interior de uma ATM para chegar à porta USB que será usada para carregar o malware ou o vírus”.

“O hacker insere um dispositivo USB onde está o kit do software Cutlet Maker. Como este é protegido por uma palavra-passe, é preciso gerá-la através de um programa próprio (c0decalc) para defender a aplicação de utilizadores não autorizados”, lê-se no jornal.

“Depois da criação do código basta inseri-lo no interface do Cutlet Maker para dar início ao processo de remoção de dinheiro”,  conclui o comunicado.

E declarações ao DN, Konstantin Zykov, investigador principal no Kaspersky Lab e porta-voz da empresa, afirma que este software já foi utilizado em vários países. “Sabemos que este malware já foi usado em ataques reais. Já fomos contactados por vários bancos a propósito desses incidentes”, confirmou.

De acordo com a Kaspersky, o Cutlet Maker está à venda desde 27 de março mas amostras mais antigas surgiram nos radares das comunidades de segurança informática em junho de 2016. No entanto, não é possível saber se já foi muito vendido porque apenas se encontra à venda na “darknet”.

“A página de Internet que promovia o Cutlet Maker continha um contador que registou pelo menos uma compra. Mas agora já vemos várias ofertas do software em diferentes fóruns que não têm os tais contadores, pelo que não é possível saber quantas cópias foram vendidas”, disse Zykov ao DN.

Segundo o jornal, os investigadores do crime informático da PJ ainda não estão familiarizados com este software. “Temos conhecimento de vários tipos de malware direcionados. Normalmente, através desse software os hackers manipulam as ATM e conseguem introduzir-se em contas bancárias e proceder a levantamentos. Mas não temos registo de qualquer queixa relativa ao Cutlet Maker em Portugal”, adiantou Carlos Cabreiro, diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T).

ZAP //

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7 Comments

      • Estão porque lhes convém.. isso só vai fazer com que esses bandidos que vendem na darkweb vendam disso como se de caramelos ser trata-se.. a ver pelos comentários abaixo já há vários interessados…. de qualquer modo podem dizer aí ao coisada que pode desistir porque na sibs não bebe água.

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