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Avião da Força Aérea apanhou início de fogos e pessoas a fazer queimadas

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(dr) EMFA

Aeronave de reconhecimento EADS C295-M da Força Aérea Portuguesa

A aeronave EADS C-295M da Esquadra 502 realizou missões em vários locais do país, alertando os bombeiros para situações irregulares e evitando focos de incêndio.

De acordo com o Diário de Notícias, a Força Aérea foi, neste fim de semana, capaz de evitar que vários focos de incêndio ganhassem dimensões complicadas para os bombeiros.

Portugal continuava sob a ameaça de temperaturas altas e o o patrulhamento efetuado pela aeronave EADS C-295M detetou queimadas e outras atividades consideradas de risco – que estão proibidas.

O avião da Esquadra 502 fez, durante 48 horas, missões de reconhecimento e aviação por todo o país, numa ação de prevenção que tinha como objetivo evitar que surgissem focos de incêndio que pudessem resultar em fogos como os de junho e deste mês.

A Força Aérea conseguiu então identificar “locais com elevado potencial de reacendimento, o que permitiu a realização de ações preventivas, evitando-se situações complexas e a identificação de novos focos de incêndio com imediato acionamento de equipas de combate”, segundo fonte do Ministério da Administração Interna.

As ações preventiva registaram “queimas e atividades de risco proibidas” – atividades proibidas até dia 31 de outubro, devido ao risco de incêndio -, através do uso de equipamentos que permitem a deteção de pontos quentes com recurso a imagem térmica, que tanto pode ser utilizada de dia como de noite, e a sua localização.

Comissão Técnica Independente quer estudar incêndios de 15 de outubro

A TSF avança que três peritos da Comissão Técnica Independente criada para investigar o que se passou em Pedrógão Grande defendem que é preciso estudar muito bem como foi possível Portugal ter vários fogos ainda mais devastadores que o incêndio de 17 de junho no Pinhal Interior, progredindo a uma velocidade nunca vista, no dia 15 de outubro.

A 15 de outubro, sublinha Carlos Fonseca, um dos peritos, a área ardida foi incomparavelmente superior e foram vários os fogos em diferentes zonas do país, com dois deles a queimarem, cada um, mais de 60 mil hectares.

O especialista da Universidade de Aveiro recorda que as chamas andaram a uma velocidade que mesmo para o próprio, que conhece outras realidades internacionais, parecia impossível: 100 quilómetros em apenas 6 horas.

Carlos Fonseca diz que a “anormalidade de incêndios tão grandes” revela que a prevençãoé insuficiente para proteger os territórios e é preciso aprender lições para o futuro.

Apesar de ser uma “boa base”, o relatório sobre Pedrógão tem de ser atualizado e revisto para evitar consequências em fogos que podem passar a ser comuns, assim como para perceber “as novas dinâmicas destes grandes incêndios”, defende Carlos Fonseca.

EDP rejeita responsabilidades sobre Pedrógão

A EDP rejeita as conclusões do relatório técnico elaborado pela Universidade de Coimbra, segundo o Negócios. A empresa diz que, após “analisar o relatório, reitera a sua convicção desde o primeiro momento. Não é possível sustentar a tese de que na origem do incêndio possa ter estado o contacto entre a vegetação e a linha elétrica”.

O relatório, de quase 250 páginas, encomendado pelo Ministério da Administração Interna à Universidade de Coimbra, no rescaldo do incêndio de Pedrógão Grande, afasta causas naturais, como raios ou mão criminosa, e aponta “a convicção fundamentada” de que o incêndio terá sido causado “por contactos entre a vegetação e a linha elétrica de média tensão” da EDP.

A companhia elétrica, por sua vez, explica que as linhas elétricas “dispõem de sistemas que monitorizam e registam em permanência, todos os eventos relativos à exploração e operação das mesmas”.

Analisando o dia do incêndio de Pedrógão Grande, 17 de Junho, a EDP Distribuição explica que teve lugar um “evento de corte e religação automática, sem que tenha havido passagem da corrente ao solo”.

De acordo com a empresa, este evento terá tido lugar “alguns minutos após a hora dos primeiros alertas referidos nos relatórios (quer o da Comissão Independente, quer no relatório elaborado pela Universidade de Coimbra)”, o que garante que o “evento foi uma consequência e nunca uma causa do incêndio”.

Além do mais, a EDP Distribuição assegura que a “linha em questão foi objeto de inspeção visual dois meses antes do incêndio, não tendo sido detetada qualquer situação de risco”.

No relatório do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF) da Universidade de Coimbra, os peritos apontam a “deficiente gestão de combustíveis na faixa de proteção da linha, por parte da entidade gestora”.

“As árvores nas imediações do suposto local de origem quase que tocam nos cabos elétricos, sendo possível que, em períodos de vento, como a altura em que se deu a ignição, os seus ramos embatam nas linhas elétricas. Há vários indícios de que as árvores terão tocado nestes cabos várias vezes porque apresentam várias zonas queimadas”, constatam ainda os peritos do CEIF.

ZAP //

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22 Comments

  1. … “aeronave EADS C-295M detetou queimadas e outras atividades consideradas de risco – que estão proibidas.”… Oh pá… a culpa é da geringonça, é do PM, é do MAI, é do SIRESP, é dos Bombeiros…

    • E é, olha que carvalho… Olha-me este pateta a querer desvalorizar a nomeação de incompetentes, a total incapacidade de gerir a época de fogos, mantendo a fase charlie limitada ao período de verão, a total ausência de campanhas de sensibilização a alertar para os imensos perigos resultante de um ano quente e seco. Olhe sabe que mais: vá tomar alguma coisa para essa cabeça!
      E cuidado com o mês de maio… que é o mês das queimas um pouco por todo o país.

      • Conhece-me de algum lado para achar que sou pateta? A cartilha é igual para vocês todos. É pago à hora ou ao post para vir para aqui bolsar nada de nada? Vc é que deve precisar de ir ao psiquiatra pois o único neurónio que tem, está disfuncional…

  2. Há muito que a força aérea,deveria ter tomado todas as rédeas de prevenção e combate aos incêndios, e nunca as empresas privadas, que farão tudo para que deflagrem incêndios, pois todos sabem, que é a única matéria prima de que precisam, para laborar e ganhar dinheiro para pagar as suas despesas. Branco é galinha o põe. E são só os que governam que não vêm isto?É claro que não.Que ligação existe com as empresas que apagam os fogos, e gente ligada ao poder? Presente e passado.

    • Pois, mas tu também não vês lá muito bem senão não ias nessa conserva fácil e sem grande sentido!…
      Se perdesses um pouco de tempo a “investigar” chegarias à conclusão que as empresas de meios aéreos de combate a incêndios (que é para onde vai grande parte do dinheiro!) ganham o mesmo quer estejam a voar, quer estejam em terra: portanto, lá se vai o teu brilhante raciocínio!
      Mas estamos de acordo que os privados só querem mamar à custa do Estado e que a FAP já há muito que deveria estar envolvida no combate aos incêndios florestais!

      • Oh Eu, è exactamente o contrário!!!
        As empresas de combate aéreo aos incêndios têm um contrato de “base” para garantirem a disponibilidade dos meios, mas o resto è pago por hora de vôo.

      • E este e mais um feito esperto e que não sabe nem um pouco daquilo que esta aqui a dizer…
        As empresas privadas com parcerias com o estado e ao contrario do aqui dito por este senhor, tem rendimento garantido estejam a no activo ou não .
        Nessa parte até tem razão,simplesmente com um se não!!!
        Estado fira do activo,ou seja sem estarem a combater incêndios,estas empresas recebem apenas a parcela de activo mas fora de função,ou seja apenas 13% , e estando em funções ou seja no combate aos incêndios recebem por inteiro (100%) fora comissões e outros prêmios por horas extras fora das baseadas em contratos.
        Isto so para esclarecer pessoas menos informadas…

  3. é é…é do governo…esses mesmo queimando-se uns aos outros continuam a fazer merda e pagamos todos..drones e afins da força aérea é que os caçava bem depois de feita a alteração á constituição,coimas nunca inferiores a 10.000 euros e prisão efectiva para esses quimadores,era uma papa,acabava-se logo …

  4. Toda a gente viu o que aconteceu em Pedrógão, se não fizeram nada desde essa data é de sua responsabilidade. É como as pessoas que habitam a 5 ou 10 metros do mar, e quando vem uma onda mais forte derruba a sua casa e pedem uma casa nova ao Estado, todos os anos uma casa nova é paga por todos nós. Acho que o dinheiro público deveria apenas e só ser bem utilizado para construir escolas, hospitais, creches, infantários, lares, estradas… O que é dos privados apenas e só deveria ser apoiado por privados ou campanhas de ajuda humanitária. O Estado português continua a ser uma anedota de mau gosto.

  5. AFINAL … o Governo sabia tanto… o ministério da A.I. sabia também… e não deixavam ou não queriam que a Força Aérea, “vigiasse” ou “fiscalizasse” ou cumprisse mais essa Missão Patriótica… porquê?
    – Quem ganhava com quê? — Quem preferia que fossem queimadas ou houvessem mais umas QUEIMAS ?!?
    – Quem temia ou não queria que fosse controlado?? — Quem gostava do passatempo “criminoso” mas “lucrativo” …?!?
    Concluí-se, que só agora foi descoberta a pólvora “seca”… ou, que a água é inimiga dos fogos.?!?
    Isto p.ex., só…

  6. De facto não se compreende por que razão nunca se usaram os aviões da FAP dotados de câmaras termográficas para detecção de incêndios.
    É já tarde, já estão a arder para serem detectados, mas pelo menos o alarme é dado muito mais rapidamente.

    Ideal teria sido construir uma rede de câmaras termográficas.
    Mas na prevenção ninguém quis apostar, embora eu não perceba porquê: dava o mesmo a ganhar e destruía menos.
    Se calhar dava a ganhar mas era a amigos diferentes…

  7. De acordo, mas não é com este equipamento. Helicópteros, investir nestes equipamentos, no verão nos fogos no inverno em serviço SAR, busca e salvamento , Regiões Autónomas e continente, que miserávelmente estão quase sem meios aéreos.

  8. Realmente estranhei este fim de semana passado (calor e vento) não aparecerem notícias de incêndios… como só agora se lembraram do avião ???? As indemnizações às vítimas deviam sair dos salários desses incompetentes que ganham bem justamente para pensarem mais que o povinho…

  9. As Forças Armadas, tem de estar sempre ao serviço de Portugal e na defesa do seu Povo.
    Os Políticos tem de se entender para que os pilares fundamentais à vida dos Portugueses, não estejam a ser sempre alterados, consoante os Políticos que ocupam o poder.
    Por outras palavras, o que temos assistido ao longo do regime democrático, é que se numa legislatura (4 anos), for objecto de 10 governos (ou ministros da área em causa), temos alterações que tem corrido sempre mal, sendo o argumento utilizado, a culpa é do que esteve antes nesse pelouro.
    Fico contente e sinto-me mais seguro, agora espero que os Bombeiros comuniquem com a GNR e que esta elabore o processo de contra-ordenação aos prevaricadores e que os Tribunais os julguem e condenem de forma exemplar com rapidez.

  10. E porque razão a FA não actuou assim durante todos os dias quentes? Certamente o governo terá todas as responsabilidades sobre isso e mais ainda deveria ser a FA a lidar com todas as aeronaves contra incêndios, no programa agora acabado de passar na TVI ficou mais do que claro o grau de incompetência dos governantes e do conluio que existe entre estes e certas empresas no combate aos fogos, corrupção é do que se trata e justiça contra os responsáveis nada! Assim vou percebendo melhor porque razão as mortes de tantas pessoas foram praticamente indiferentes a certos políticos embora venham agora com falinhas mansas procurar encobrir o desinteresse de então.

  11. Na prevençao porque nao apostar na produçao de biomassa( pellets)? É feita limpeza e ainda se ganga algum com isso…
    Teoricamente os pellets qd começaram a ir p o mercado teriam essa vantagem em relaçao aos outros combustiveis…
    Algum boy que monte uma empresa,pode ser que assim ja se lembrem…

  12. O problema é que passando a época dos incêndios em vez de se incentivar e até subsidiar as queimadas vem as burocracias com licenças e pedidos para queimadas. Como se não bastasse ainda vem as burocracias com os herbicidas, só diplomados é que podem comprar e aplicar. Depois temos as consequências, ai ai ai o SIRESP, …

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