O asteróide 2012 TC4 passou esta quinta-feira perto da Terra, a um oitavo da distância do nosso planeta à Lua. À escala cósmica, é um fio de cabelo. Mas com “apenas” o tamanho de uma casa, o 2012 TC4 era um asteróide… inofensivo.
O asteróide 2012 TC4 tem 13 metros de diâmetro, pelo que é considerado pequeno, o que significa que, mesmo no momento em que esteve à sua menor distância da Terra – 43 mil quilómetros – foi necessário um telescópio bastante potente para o poder observar.
O pequeno asteróide foi descoberto em 2012 pelo telescópio Pan-STARRS, do observatório Haleakala, da agência espacial norte-americana NASA, no Havai. No entanto, pouco tempo depois, o 2012 TC4 desapareceu do alcance dos telescópios terrestres.
Com a ajuda do Astro-Model, um instrumento de modelação de processos e fenómenos espaciais, cientistas da Universidade Federal Báltica de Immanuel Kant, na Rússia, traçaram a trajectória do 2012 TC4 e estudaram-no. Passou perto da Terra, mas não houve qualquer risco. Não foi este, certamente, o asteróide do fim do mundo.
Também a NASA confirma: não havia motivo para alarme. Mesmo que o asteróide chegasse a entrar na atmosfera terrestre – o que nunca esteve perto de acontecer -, seria fragmentado e apenas um pequeno meteorito, do tamanho do que caiu em Chelyabinsk em 2013, atingiria o solo.
Ainda assim, recorde-se que o impacto do meteorito de Chelyabinsk libertou uma energia equivalente a várias bombas atómicas, tendo causado 1300 feridos – a maior parte dos quais, com pequenos cortes provocados pelos estilhaços de vidros de janelas partidas.
À meia-noite, o 2012 TC4 passou a 43 mil quilómetros do nosso planeta. Em dimensões espaciais, é muito, muito perto: por comparação, a distância entre a Terra e a Lua é oito vezes maior.
Não é todos os dias que corpos celestes passam tão perto. Segundo o JPL, da NASA, a probabilidade de impacto era praticamente nula, mas havia uma probabilidade muito baixa de que o corpo celeste se aproximasse a apenas 11 mil km da superfície da Terra.
Este é o segundo dos cinco asteróides conhecidos que passam perto da Terra por estes meses, e que deixaram os astrónomos de olhos no céu. Mas como diz Ron Baalke, astrónomo principal da NASA, o que preocupa mesmo os cientistas são os asteróides que não conhecemos.
ZAP // The Telegraph