Quase 30 antigos presidentes de Câmaras Municipais querem voltar a ocupar o lugar em 2017, muitos deles como candidatos por movimentos independentes, por não terem o apoio do partido a que pertenceram.
Há pelo menos 27 antigos autarcas que são este ano novamente candidatos a presidente de Câmara. Muitos destes presidentes ficaram impedidos de se recandidatar em 2013 devido à lei que limita a três o número de mandatos consecutivos permitidos.
Entre os “dinossauros”, autarcas que foram presidentes três ou mais de três mandatos consecutivos, que querem voltar estão os agora independentes Isaltino Morais, candidato à Câmara de Oeiras, Narciso Miranda, candidato em Matosinhos, e Valentim Loureiro, candidato à presidência da Câmara de Gondomar.
Isaltino Morais presidiu à Câmara Municipal de Oeiras pelo PSD entre 1985 e 2002 e foi reeleito em 2005 e em 2009 sem o apoio social-democrata. O PS apresenta como candidato a Oeiras Joaquim Raposo, que foi 16 anos presidente do vizinho concelho da Amadora, eleito pela primeira vez em 1997.
Narciso Miranda, por seu turno, foi eleito presidente socialista de Matosinhos entre 1976 e 2005, tendo perdido as eleições de 2009 já à frente de um movimento independente, e Valentim Loureiro foi presidente de Gondomar durante 20 anos, entre 1993 e 2013, primeiro pelo PSD e depois como independente.
A Elvas concorre também, agora como como independente, o antigo autarca socialista Rondão de Almeida, presidente entre 1993 e 2013.
Em Belmonte, no distrito de Branco, concorre Amândio Melo, que esteve na Câmara durante 20 anos, 14 deles na presidência, sempre eleito pelo PS, vai candidatar-se por um movimento independente por não ter tido o apoio do partido.
Em Castelo Branco, na Covilhã, o ex-autarca Carlos Pinto, presidente deste município durante 20 anos pelo PSD, candidata-se como independente. O ex-autarca prometeu entregar o cartão de militante.
Em Penamacor, o antigo presidente Domingos Torrão, que liderou o município entre 2001 e 2013, primeiro pelo PSD e nos dois mandatos seguintes pelo PS, decidiu agora avançar por um movimento independente.
João Cepa, presidente de Esposende durante 15 anos, sempre pelo PSD, é candidato como independente e, em Pombal, Narciso Mota, presidente entre 1993 e 2013, desfiliou-se do PSD e também encabeça um movimento de cidadãos.
Na Madeira, Carlos Pereira já foi presidente de Santana de 1988 a 2009 pelo PSD e volta agora num movimento independente. José Veiga Maltez, que foi presidente entre 1997 e 2013, é o candidato do PS à Câmara da Golegã, Santarém.
Depois de ter sido presidente durante 16 anos, António Murta volta a ser o candidato do PS à Câmara de Vila Real de Santo António. A lista do PS à Câmara de Faro é encabeçada pelo deputado António Eusébio, que já presidiu à autarquia vizinha de São Brás de Alportel durante 12 anos.
Fernando Costa, presidente da câmara das Caldas da Rainha durante 27 anos e vereador em Loures no último mandato autárquico, é agora a proposta do PSD para Leiria. Ainda neste distrito, o PSD anunciou o regresso de Fernando Marques, antigo presidente da Câmara de Ansião, à corrida por esta autarquia.
Fernando Seara, que alcançou o limite de mandatos em Sintra, é o candidato do PSD a Odivelas, enquanto Júlia Paula Costa é candidata social-democrata a regressar à Câmara de Caminha (Viana do Castelo).
João Marques, atual provedor da Misericórdia de Pedrógão Grande, em Leiria, é a aposta do PSD para reconquistar esta câmara, que presidiu de 1997 a 2013.
Manuel Rodrigo Martins recandidata-se a Miranda do Douro, Bragança, onde foi presidente pelo PSD durante três mandatos. Em Almodôvar, Beja, o antigo presidente da Câmara pelos sociais-democratas António Sebastião volta a candidatar-se, encabeçando como independente a lista do PSD.
Para Montemor-o-Velho, em Coimbra, o PSD escolheu Luís Leal, que liderou esta Câmara durante 12 anos, e para o Entroncamento (Santarém) o partido aposta no regresso de Jaime Ramos, que já esteve três mandatos à frente do município, até 2013.
Litério Marques foi presidente da Anadia entre 1995 e 2013 com o apoio do PSD, que lhe retirou o cartão de militante quando criou o Movimento Independente Anadia Primeiro, que venceu as eleições em 2013. Agora voltou a receber o cartão de militante e é candidato de novo pelos social-democratas a esta câmara.
O ex-Governador Civil de Coimbra Jaime Ramos aparece este ano à cabeça da coligação Mais Coimbra (PSD, CDS, PPM e MPT), mas já foi presidente da Câmara vizinha de Miranda do Corvo em 1979 e 1982 pela AD (Aliança Democrática) e em 1985 e 1989 pelo PSD.
Ana Cristina Ribeiro esteve à frente da Câmara de Salvaterra de Magos (Santarém) com o apoio do Bloco de Esquerda entre 2001 e 2013 e volta a candidatar-se pelo BE à mesma autarquia.
O histórico presidente de Marco de Canaveses Avelino Ferreira Torres anunciou a intenção de se candidatar à Câmara de Amarante (Porto), mas retirou-se recentemente por questões de saúde.
António Rodrigues, antigo presidente de Torres Novas (Santarém) e apontado como provável candidato, revelou no final de julho que ia deixar o PS por estar desiludido com o partido, esclarecendo que não se iria candidatar como independente, mas deixando em aberto essa possibilidade no futuro.
// Lusa
Isso mesmo, a sua antiga câmara ou mesmo outra qualquer, também serve, é preciso é ter um poleiro!
poleiro? Tacho quer o amigo dizer!
Cada um têm mais cara de bandido que o outro… Votem neles, votem… 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 🙂 eta povinho burro, que não aprende!!!
muito bom artigo informativo…. em termos gerais entre 300 e tal presidencias…. 1% nao representa muito, mas em relaçao a certos sujeitos e a sua ideologia….e muito pertinente pensar no porque de certas candidaturas…. concerteza que na maioria dos casos nao e o altruismo que move estes “dinossaurios politicos” .
podendo fazer tambem de advogado do diabo… tambem posso dizer que perante a quantidade de candidatos desconhecidos…. pode ate ser menos desastroso votar em gente que se conheçe….
10%.
Não é 1%, é 10%
Há uma lei, por alguma razão será.
E há a probabilidade de 1/10 das Câmaras virem a ser presididas por pessoas que, pelo espírito da Lei, deviam ter-se afastado da coisa autárquica.
Uma boa parte dos quais (assim de cabeça, pelo menos 4) depois de terem andado a contas com a justiça.
sim tem razao 10%. a vista desarmada é de facto muito preocupante a ambiçao desses sujeitos…talvez a lei devesse impedir recandidaturas sejam quais forem as condiçoes ou as razoes.. mas quem faz as leis sao os deputados e quem elegue os deputados é o povo… portanto nada a obstar!!!!!pessoalmente, desde o momento em que um ex presidente da camara foi afastado de funçoes pelo proprio partido.. dada a reclamaçao geral e suspeitas pela sua actuaçao…. e nunca foi constituido arquido nem o ministerio publico levantou qualquer auto de averiguaçoes, e tem o nome perpetuado em lapide na cidade onde exerceu funçoes…. ja nada me admira nesta “democracia”. nao me perguntem quem é mas e facil de descobrir!!!!!( a impunidade em portugal é restrita a determinadas ideologias e a alguns comportamentos considerados vanguardistas)
É mais uma oportunidade para estes ladrôes do povo irem limpar o tacho
A democracia dá a voz ao povo e permite (ainda por enquanto em Portugal) que cada um faça uma escolha livre, no entanto deveria ser vedada a hipótese de candidatura a quem é sobejamente conhecido como corrupto, criminoso, ou no mínimo “bom cozinheiro” no seu tacho, deveriam também ser tornadas públicas mais informações acerca do currículo de todos os candidatos, pois a maior parte dos eleitores não conhecem os candidatos para além das campanhas eleitorais e respetivas promessas feitas nessas alturas e que raramente são cumpridas.
Dou um exemplo, se fossem fornecidas informações aos eleitores acerca da competência de gestão de Passos Coelho e das falências das as empresas que administrava, provavelmente as votações não seriam iguais.
Para além disso é muito difícil saber o que se passa no seio politico, pois muitas informações não interessam que sejam divulgadas de parte a parte.
No final de cada mandato deveria haver um julgamento por parte dos eleitores relativo ao trabalho desenvolvido por cada presidente cessante e com isso aplicar o veredito merecido a cada um, fosse ele positivo ou negativo.
Falta aí um dinossauro… José Maria Pós de Mina, em Moura, Baixo Alentejo.
Não são só estes que conseguiram apoios se voltam a candidatar, havaim outros mas levaram pelos pés :
Um Fulano chamado TAVEIRA PINTO de Ponte de Sor, também queria, à 8 anos atrás andou a escolher o Vice-Presidente que não era do Partido dele PS, para agora ser ele outra vez, mas o Rapaz não teve para isso, andou a tentar Independente não teve qualquer apoio, andou a oferecer-se a todos os outros Partido mas TUDO lhe deu para trás, Andou para Morrer……..só 20 anos depois viram o Competência que não foi NENHUMA
vergonha, que nojo, esta gente que neste pais acredita nestes ditadores de leis a seu velo prazer