Muitas pessoas podem estar a perder a audição parcialmente e, para aquelas que residem em grandes centros, onde o barulho é contínuo e já está inserido no dia a dia, os riscos podem ser ainda maiores. Embora atinja todas as idades, esta situação pode trazer graves consequências principalmente aos idosos, sendo os primeiros sintomas a depressão e o isolamento do convívio social.
Para a médica Márcia Kimura Oka, do Hospital Santa Catarina, “é natural, em alguns casos, o idoso negar o problema. E, para evitar situações constrangedoras, a pessoa acaba por se isolar do convívio social, o que é muito prejudicial”.
A demora em ouvir a campainha ou o telefone tocar e o volume do som da televisão podem ser alguns indicadores para identificar a surdez. “Como a perda de audição acontece de maneira gradual, a pessoa demora a admitir que está com problemas. Com isso, quanto mais tarde for diagnosticada, menores serão as probabilidades de sucesso no tratamento”, lembra a especialista.
Prevenção não é apenas evitar barulho
Para muitas pessoas, o fato de não frequentar locais barulhentos é uma forma de prevenir eventuais problemas de audição. No entanto, como explica o Lídio Granato, Otorrinolaringologista do Hospital Santa Catarina, “além de evitar exposição ao barulho, é importante, após os 60 anos, realizar exames auditivos regulares como medida preventiva”.
Neste caso, o paciente realiza exame de audiometria para detectar o tipo e o grau de perda auditiva. “Como o ouvido naturalmente sofre um processo de envelhecimento gradual e a perda de audição se instala de forma lenta e progressiva, é essencial ficar atento a qualquer sintoma”, conclui Granato.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), problemas de audição afetam cerca de 360 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que aproximadamente 32 milhões são crianças.
ZAP // EFE