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Site de surf captou vídeo da avioneta a aterrar na praia da Caparica

O momento em que a avioneta que, esta quarta-feira, aterrou de emergência na praia de São João da Caparica, em Almada, e matou dois banhistas, foi captado pelas câmaras de um site de surf.

O vídeo com cerca de 30 segundos, divulgado em primeira mão pelo Observador, mostra a aeronave Cessna 152 a aterrar de emergência na praia de São João da Caparica.

As imagens, as primeiras que mostram o momento em que a avioneta se aproxima do areal que estava repleto de banhistas, foram captadas pelas câmaras do Surfline, um site que mostra em direto as ondas nas praias portuguesas.

Não é possível ver o momento em que a aeronave aterra mesmo na praia, uma vez que acaba por desaparecer do plano das câmaras, mas logo a seguir vê-se pessoas a levantarem-se das toalhas e algumas a correr em direção ao local onde esta aterrou.

Duas pessoas, um homem de 56 anos e uma criança do sexo feminino de oito anos, morreram quando a avioneta aterrou na praia depois do motor ter deixado de funcionar.

Segundo o Jornal de Notícias, o banhista que morreu era Sargento da Força Aérea.

“Ironia do destino… Sargento da Força Aérea, a gozar no seu pleno direito a reserva que tanto ambicionou, junto daqueles que sempre quis estar, na sua praia, à beira mar… é atropelado por uma aeronave!!!”, escreveu um amigo no Facebook, agora citado pelo JN.

Fonte da Força Aérea confirmou ao jornal que José Lima estava em situação de reserva e que a família dispensou as cerimónias fúnebres militares.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já confirmou que instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias deste acidente. Os dois pilotos escaparam ilesos e, esta quinta-feira, estão a ser interrogados por uma procuradora do Ministério Público.

De acordo com o Expresso, o piloto da avioneta pode vir a ser acusado de homicídio por negligência. Com base nas declarações de alguns juristas, é possível que o piloto tenha incorrido na “violação do dever de cuidado”, podendo ser sujeito a uma pena que varia entre um a cinco anos de prisão.

André Kosters / Lusa

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