Há duas constatações neste momento nos corredores do DCIAP: a investigação ao ex-primeiro-ministro José Sócrates não vai estar pronta no verão. E não vai haver férias para alguns dos elementos que estão com o caso.
O inquérito-crime sobre suspeitas de corrupção do ex-primeiro ministro José Sócrates, Operação Marquês, já não deverá terminar antes do fim de setembro, segundo avança o Expresso.
Na última vez que tomou uma decisão sobre o assunto, a 27 de abril, a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, determinou que o prazo para a conclusão do inquérito-crime permite um calendário flexível.
Joana Marques Vidal deu aos procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal um suplemento de 90 dias para concluírem o despacho de acusação a partir do momento em que recebam a última das respostas às cartas rogatórias enviadas às autoridades judiciais de outros países, e em que estão em causa pedidos sobre movimentos bancários relacionados com os arguidos do caso.
Até agora, nem todas as cartas rogatórias enviadas pela equipa coordenada pelo procurador Rosário Teixeira tinham tido resposta de volta, continuando em aberto um ou mais requerimentos remetidos ao Ministério Público da Suíça – país onde se concentra a maioria dos fluxos financeiros que estão associados ao alegado esquema de corrupção.
Sugiro a Sua Excelência o Senhor procurador Rosário Teixeira que continue a enviar cartas rogatórias e assim poderá adiar o processo indefinidamente…