6 polícias feridos e 4 pessoas detidas em protestos contra morte de português em Londres

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Seis agentes ficaram feridos e quatro pessoas foram presas na sequência de uma manifestação em Londres, no domingo à noite, contra a morte do português Edir da Costa, informou a polícia britânica.

A manifestação, que terá contado com várias dezenas de pessoas, começou ao fim do dia de domingo junto da esquadra de polícia de Forest Gate, no este da cidade, tendo de seguida passado para a área de Stratford.

Apesar dos esforços das autoridades para tentar acalmar os ânimos e dispersar a multidão, uma parte dos manifestantes voltou para Forest Gate, onde arremessaram objetos contra a polícia e incendiaram caixotes do lixo, levando à intervenção dos bombeiros.

Os confrontos continuaram até de madrugada, quando o grupo finalmente dispersou.

Os protestos pretendiam denunciar as alegadas circunstâncias da morte do jovem de 25 anos, que morreu na passada quarta-feira no hospital na sequência de uma operação policial.

A família de Edir Frederico da Costa, conhecido pelos próximos como Edson, alega que o jovem foi vítima de violência dos agentes que o tentaram prender a 15 de junho.

O caso está a ser seguido pela Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC), que indicou, na sexta-feira, que uma primeira autópsia não encontrou fraturas ou lesões no pescoço ou na coluna da vítima.

O português, a residir no Reino Unido desde 1996, encontrava-se num carro com duas outras pessoas, um amigo e a mulher, quando foi abordado por polícias britânicos em Beckton, no este de Londres pelas 22h00 horas.

Segundo as testemunhas, a polícia alegou que o carro era suspeito de estar envolvido num roubo e pediram para revistar os ocupantes.

O pai, Ginario da Costa, disse à Lusa que o filho terá resistido, alegando que não tinha feito nada de mal, mas os polícias tentaram prendê-lo e terão usado gás pimenta.

“Ele caiu no chão e um polícia colocou-lhe um joelho em cima da garganta“, descreveu, de acordo com relatos das pessoas que o acompanhavam.

Edir da Costa ter-se-á sentido mal e foi levado de urgência para o hospital, onde foi internado em estado grave, tendo acabado por morrer cinco dias depois.

ZAP // Lusa

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