O novo partido do recém eleito presidente Emmanuel Macron venceu hoje a primeira volta das eleições legislativas em França, com cerca de 32% dos votos, segundo projeções divulgadas pelos media.
De acordo com as mesmas projeções, o partido A República em Marcha! do presidente Emannuel Macron obteve cerca de 32% dos votos, à frente de Os Republicanos, que terão assegurado entre 20 a 21% da votação. Na primeira volta da eleição presidencial, Macron tinha obtido 23,7% dos votos.
A Frente Nacional de Marine le Pen terá obtido entre 13 e 14%, e a França Insubmissa, movimento de extrema-esquerda de Jean-Luc Melenchón, quase 11%.
Continuando a sua tendência de implosão, o Partido Socialista francês deverá ser agora a 5ª força mais votada no país, com 9% dos votos.
Segundo as projeções da estação televisiva francesa France 2, divulgadas às 20:00 (menos uma em Lisboa), ‘A República em Marcha!, aliada ao partido centrista MoDem, poderá vir a eleger entre 390 e 430 dos 577 deputados, e os Republicanos entre 85 e 125.
A maioria absoluta no parlamento francês é de 289 em 577 assentos.
Apesar da pouca expressão da votação socialista, o PS deverá ter assagurado entre 20 e 35 deputados, à frente da França Insubmissa, que deverá ter entre 11 e 21, e da Frente Nacional, que terá assegurado entre 3 e 10.
Caso não haja candidatos com mais de 50% dos votos nas diferentes circunscrições, só aqueles que tiverem, pelo menos, 12,5% dos votos dos eleitores inscritos passam à segunda volta, a 18 de junho.
As urnas abriram às 08:00 horas e encerraram às 20:00 (menos uma Lisboa), mas grandes cidades como Paris, Marselha, Lyon e Lille, duas horas antes nas restantes. Cerca de 47 milhões de eleitores foram chamados a votar e havia 7.878 candidatos.
ZAP // Lusa
FN 13% = 3 a 10 deputados
FI 11% = 11 a 21 deputados
PS 9% = 20 a 35 deputados
Estranha proporcionalidade
Como assim, “estranha proporcionalidade”?
Quem é que disse que a representatividade tem que ser assegurada com “proporcionalidade”?
Em muitos sistemas parlamentares (como o francês e o britânico), os círculos são uninominais, e as pessoas votam no tipo do seu bairro que querem que as represente, independentemente do partido. Há quem ache que isso é que é “representatividade”, e não uma qualquer “proporcionalidade” dos partidos.