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Putin está disposto a divulgar registos da conversa entre Trump e dirigentes russos

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Yuri Kochetkov / EPA

O presidente da Rússia, Vladimir Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou esta quarta-feira que está disposto a divulgar a gravação da conversa entre o chanceler russo, Serguei Lavrov, e o presidente norte-americano Donald Trump.

Putin disse que divulgaria as informações mediante autorização da Casa Branca, após o Donald Trump ter confirmado a partilha de informações secretas sobre o planeamento de combate ao Estado Islâmico.

“Se a administração americana autorizar, estamos dispostos a fornecer a gravação da conversa entre Lavrov e Trump ao Congresso e ao Senado americanos”, adiantou Putin.

A Casa Branca ainda não revelou se irá ou não autorizar a divulgação da gravação. Esta terça-feira, Donald Trump confirmou, através do Twitter, que partilhou informação com a Rússia sobre terrorismo,

“Como Presidente, tenho todo o direito de o fazer”, escreveu Trump. De seguida, ainda publicou outro tweet, explicando que só o fez porque quer que os russos “intensifiquem a luta contra o ISIS e o terrorismo”.

Israel forneceu a informação secreta aos EUA

A informação secreta que Donald Trump partilhou com o governo da Rússia na semana passada foi fornecida por Israel, informou esta terça-feira o New York Times. O jornal baseou a sua informação em dados apresentados por funcionários e ex-funcionários da Casa Branca.

Segundo o NYT, a possibilidade que os EUA tenham partilhado informação tão delicada com a Rússia pode prejudicar a relação entre Washington e Jerusalém. O jornal lembrou que o Irão, um dos principais inimigos de Israel, é um dos aliados da Rússia.

No entanto, o embaixador de Israel nos EUA, Ron Dermer, não confirmou que o seu país tenha entregue a informação que Trump partilhou com Lavrov, mas destacou a colaboração entre Estados Unidos e Israel.

“Israel confia plenamente na nossa relação com os Estados Unidos para divulgar informação secreta e espera que essa relação se aprofunde nos próximos anos”, acrescentou o diplomata.

O New York Times destacou ainda que Israel terá pedido aos Estados Unidos que fossem cuidadosos com os dados aos quais Trump tem acesso.

ZAP // Agência Brasil / EFE

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