O presidente executivo da Sonae comentou as revelações feitas no âmbito da “Operação Marquês” sobre a Oferta Pública de Aquisição falhada que a empresa lançou sobre a Portugal Telecom, recordando que “estavam todos feitos” e o “jogo estava distorcido”.
“Passámos muitos anos a dizer que o jogo estava distorcido. De uma forma ou de outra estavam todos feitos”, afirmou Paulo Azevedo durante a sessão de apresentação das contas de 2016 do grupo Sonae.
Questionado pelos jornalistas sobre as revelações que têm surgido durante a investigação judicial da designada “Operação Marquês”, nomeadamente em relação à forma como se desenrolou a tentativa – mal sucedida – de compra da Portugal Telecom (PT) por parte da Sonae, em 2006 e 2007, o líder do grupo da Maia disse que, apesar das garantias de que havia concorrência no setor, “o jogo estava distorcido”.
“E isso fez-nos a vida muito difícil durante muitos anos, de uma forma muito injusta. Mas não somos de ficar parados e de nos lamentarmos, fizemos o nosso caminho e estamos muito contentes com ele”, acrescentou.
Admitindo que “é com algum agrado” que vê a vinda a público de aspetos que rodearam o negócio, Paulo Azevedo afirmou acreditar que “agora a justiça fará o seu trabalho”.
No âmbito da investigação da “Operação Marquês” foram constituídos arguidos os antigos gestores da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, suspeitos de terem sido corrompidos pelo Grupo Espírito Santo (GES) para, durante a sua atividade enquanto administradores da empresa de telecomunicações, agirem de acordo com os interesses daquele grupo.
O grupo Sonae anunciou hoje que o resultado líquido atribuível a acionistas subiu 22,7% no ano passado face a 2015, para 215 milhões de euros.
A Sonae adiantou que o lucro beneficiou “do desempenho ao nível do resultado líquido direto e indireto, ou seja, refletindo o crescimento das vendas, a melhoria da rentabilidade operacional, a redução da dívida líquida, os menores custos financeiros e a valorização dos ativos”.
O grupo referiu que “o resultado direto da Sonae totalizou 148 milhões de euros, aumentando 15,9% quando comparado com 2015″, salientando que tal “deveu-se a um valor de EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] mais elevado, à melhoria do resultado financeiro líquido e ao menor nível de impostos registado”.
Os resultados indiretos ascenderam a 74 milhões de euros, “beneficiando do contributo da Sierra e de um conjunto de movimentos relacionados com transações realizadas em ativos financeiros”.
No período em análise, o volume de negócios aumentou 7,2% para 5.376 milhões de euros, impulsionado pelo “desempenho dos negócios de retalho” e o EBITDA progrediu 5,9% para 416 milhões de euros.
// Lusa
Filho de quem é, tem logo uma credibilidade fabulosa. E é óbvio que, para ele, “o jogo estava distorcido”. Pois claro! Não conseguiram deitar “o guilho” à PT…
foram esmifras e não quiseram pagar as mesmas luvas que pagou os outros ehehehe…