O novo presidente da direção do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI), Jorge Ribeiro, disse à Lusa que vai ser difícil a concretização do evento deste ano.
O novo presidente do festival, eleito em assembleia-geral na noite de segunda-feira, afirmou que “será muito difícil a realização do FITEI“, que deixou de contar com apoio da Direção-Geral das Artes no ano passado, mas sublinhou que o objetivo é “não deixar cair uma instituição como esta”.
As eleições para a direção do FITEI realizaram-se na sequência da demissão do anterior presidente, Mário Moutinho, que explicou à Lusa que o FITEI “tem que ter uma dinâmica muito própria e uma discussão profunda sobre o que fazer e como fazer”, envolvendo pessoas novas com “novas formas de atuar”, concordando que o objetivo principal deve ser que o FITEI não acabe.
Numa mensagem escrita à Lusa, Jorge Ribeiro referiu que a lista candidata foi “apoiada pelos fundadores do FITEI – Júlio Cardoso, António Reis e Estrela Novais – e integra outras figuras, como o advogado Guilherme Figueiredo, Júlio Gago, do TEP (Teatro Experimental do Porto), Manuela Espírito Santo, João Fernandes e o encenador Eduardo Freitas”.
“Há muitas coisas pendentes e nós, esta semana e após a eleição desta segunda-feira, é que vamos tomar conhecimento de alguns pormenores e de mais outras coisas que estavam na mão do anterior presidente”, afirmou Jorge Ribeiro.
Mário Moutinho considera que há condições para fazer um FITEI, que costuma ter lugar entre abril e maio de cada ano, ainda que de forma mais pequena do que em edições anteriores.
O anterior responsável do festival lembrou que há parcerias internacionais ainda em vigor com festivais em Espanha e França, financiadas por fundos europeus, para além das eventuais parcerias nacionais.
Segundo a página da instituição, o FITEI realiza-se ininterruptamente desde 1978, no Porto, tendo já recebido diversos prémios e sido considerado instituição de utilidade pública.
“No total, foram programados 710 espetáculos e realizadas 1.434 representações, para cerca de 960.000 espectadores, para além de inúmeras de atividades paralelas, atividades extraprograma e espetáculos em extensão”, refere o mesmo texto.
/Lusa