Bono Vox, o vocalista dos U2, foi o primeiro homem a ser distinguido nos prémios “Mulheres do Ano”, que a revista Glamour entrega anualmente.
Depois de Bob Dylan ter sido o escolhido para ganhar o prémio Nobel da Literatura, eis que chega Bono Vox para conquistar uma distinção que, à partida, deveria ser de uma mulher.
O vocalista dos U2 foi distinguido pela revista Glamour como uma das “Mulheres do Ano” na edição de 2016, e desengane-se quem pensa que tudo não passou de um erro editorial.
O músico irlandês foi premiado – como “Homem do ano” – graças ao trabalho humanitário que tem feito em busca da igualdade de género, sobretudo, em países menos desenvolvidos.
“Não são muitas as celebridades que podem trazer cerca de 100 mil milhões de dólares em cancelamento de dívida para 35 dos países mais pobres do mundo ou persuadir o Governo dos Estados Unidos a dar a maior contribuição jamais vista para salvar pessoas com SIDA em África, como fez o Presidente George W. Bush fez em 2004”, justifica a revista.
Além disso, a publicação destaca a campanha “Poverty is Sexist”, a nova iniciativa de Bono que tem como objetivo ajudar mulheres que vivem nos países mais pobres do mundo.
Em declarações à revista norte-americana, Bono diz ter sido surpreendido com a distinção mas está muito agradecido pelo reconhecimento do seu trabalho.
“Tenho a certeza que não o mereço. Mas estou agradecido por este prémio por ser uma oportunidade para dizer que a batalha pela igualdade de género nunca será ganha a menos que os homens lutem por isso ao lado das mulheres. Somos largamente responsáveis pelo problema, por isso temos de estar envolvidos nas soluções”, afirmou.
O artista figura ao lado de personalidades como as fundadoras do movimento Black Live Matters, a iraquiana yazidi Nadia Murad, vencedora do prémio Sakharov, a atleta olímpica Simone Biles e ainda Emily Doe, a vítima do violador de Stanford que escreveu uma emotiva carta ao agressor que, entretanto, foi solto ao fim de apenas três meses de prisão.
ZAP