O lançamento da sonda espacial Rosetta, há 10 anos, foi o pontapé de saída para uma jornada épica, o início da primeira tentativa de um encontro com um cometa em movimento.
O cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, uma massa gigante formada por gelo e pedra que se move rapidamente pelo espaço, é o alvo de uma das missões mais arriscadas já feitas, divulga a BBC.
O satélite, que passou os últimos dois anos e meio a viajar pelo espaço em estado de profunda hibernação para guardar energia, está previsto ‘acordar’ esta segunda-feira e enviar um sinal para a Terra.
A reactivação da Rosetta acontecerá a cerca de 800 milhões de quilómetros de distância da Terra, próximo da órbita do planeta Júpiter.
Está previsto que o grande encontro com o cometa aconteça em Agosto deste ano, altura em que terá início a fase mais difícil da missão.
A Rosetta deverá lançar sobre o cometa um módulo de aterragem, o Philae, em Novembro.
O plano é de que o satélite siga o cometa enquanto este se aproxima do Sol, registando as mudanças que ocorrem no corpo celeste através das informações enviadas pelo Philae da superfície.
Se for um sucesso, a missão permitirá aos cientistas obter um olhar sem precedentes sobre um dos objectos mais antigos do sistema solar.
Acredita-se que o corpo celeste seja um remanescente original da época do surgimento do sistema solar, há 4,6 bilhões de anos, e possa dar pistas sobre a aparição da água e da vida na Terra.
“Rosetta é uma missão única – tecnologicamente, cientificamente, e filosoficamente, porque os cometas podem estar na origem de quem nós somos”, disse o director geral da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), Jean-Jacques Dordain.
ZAP / BBC
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