As duas associações representativas do setor do táxi anunciaram esta quinta-feira que cancelaram o protesto agendado para a próxima segunda-feira, em Belém.
Depois do encontro com a Federação Portuguesa do Táxi, Florêncio Almeida, presidente da ANTRAL, anunciou hoje que “não é o momento adequado” para se avançar com mais protestos.
“Não é o momento adequado para se fazer mais qualquer manifestação, marcha lenta ou concentração”, afirmou o responsável.
Esta quarta-feira, o presidente da FPT, Carlos Ramos, já tinha divulgado à imprensa que a manifestação tinha sido cancelada.
Em declarações à Renascença, o responsável afirmou que não era “oportuno manter a concentração para a porta do Presidente da República na segunda-feira”.
Numa altura em que o Governo ainda não aprovou o diploma que regula a atividade das plataformas eletrónicas, “não se compreenderia muito bem” este protesto.
Além disso, Carlos Ramos afirmou que, caso Marcelo Rebelo de Sousa venha a defender os taxistas, não quer que isso seja explicado no futuro por uma pressão do setor.
“Por isso, também queremos dar liberdade ao Presidente para decidir em conformidade”, explicou à rádio.
Num primeiro momento, o presidente da ANTRAL afirmou à agência Lusa que, do seu lado, a concentração se mantinha, mas depois acabou por remeter a decisão final para o dia de hoje.
Os responsáveis pelas duas associações representativas vão enviar uma carta ao chefe de Estado a pedir que os receba pessoalmente.
A manifestação em frente ao Palácio de Belém tinha sido convocada para a próxima segunda-feira, no fim do protesto que cortou os acessos ao aeroporto de Lisboa.
O protesto devia ter terminado na Assembleia da República mas acabou por ser feito sobretudo na rotunda do Relógio, num dia marcado pela violência dos taxistas.
ZAP / Lusa