O presidente da ANTRAL, Florêncio Almeida, recomendou a desmobilização esta madrugada e convocou novo protesto para segunda-feira, junto ao Palácio de Belém e às câmaras do Porto e de Faro.
Cerca das 2h20, Florêncio Almeida, da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), alertou o taxistas que ainda permaneciam no protesto na rotunda da Relógio, junto ao aeroporto de Lisboa, de que a PSP o avisou que iria começar a bloquear e a rebocar as viaturas que ali se mantivessem.
Florêncio Almeida começou a sua intervenção dizendo que não iria pedir a desmobilização, mas após alguns minutos acabou por fazê-lo, juntamente com o presidente da Federação dos Táxis, Carlos Ramos.
Após este aviso, e depois de explicar que o bloqueamento e que o reboque teria custos legais, bem como uma comparência em tribunal ainda hoje, Florêncio Almeida aconselhou os taxistas a mudarem o protesto para a próxima segunda-feira, a partir das 8h. Nesse dia, prometem os taxistas, a contestação vai para a porta do Presidente da República, mas também para a frente das câmaras do Porto e de Faro.
O pedido do presidente da ANTRAL foi recebido com apupos por parte de alguns profissionais ali concentrados ao fim de quase 17 horas de protesto em que três taxistas chegaram a ser detidos.
Contudo, Florêncio Almeida sublinhou que a classe não pode perder a razão e pediu reflexão.
“Como dirigente da ANTRAL, não vou tomar nenhuma posição para desmobilizar. Deixo à vossa consideração. Nós não podemos perder a razão“, disse, pedindo aos motoristas uns minutos de reflexão, antes de ser tomada uma decisãqo no local.
Florêncio Almeida falava aos taxistas na rotunda do Relógio, onde chegou depois de ter uma nova reunião com o secretário de Estado, após o programa televisivo Prós e Contras, na RTP
Segundo Florêncio Almeida, o Governo disse não ceder na questão dos contingentes exigida pelos taxistas, mas admitiu suspender por oito dias a aprovação projecto de lei sobre o setor.
Durante a reunião, o Governo disse que ia convocar as plataformas (Uber e Cabify) e que o projeto-lei ficou suspenso durante oito dias, vincou.
De acordo com o Público, tudo acabou com um aperto de mão aos polícias.
ZAP / Lusa